Alexandre Henrique Oliveira Amorim, de 25 anos, acusado de matar e atropelar Diego Adelson de Souza, de 34, em agosto do ano passado no Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte, foi condenado a 19 anos de reclusão, em regime fechado. O acusado, porém, foi absolvido do crime de corrupção de menores, já que a namorada dele, na época com 16 anos, também participou da ação.
Na sentença, o juiz Ricardo Sávio de Oliveira, do II Tribunal do Júri de Belo Horizonte, destacou que os jurados reconheceram as qualificadoras, circunstâncias agravantes da pena, e ressaltou o meio cruel. “... o acusado filmou toda a ação, com a finalidade de se vangloriar perante os traficantes locais”, diz o magistrado em um trecho da decisão.
O réu também teve negado o direito de recorrer em liberdade.
O julgamento começou na manhã desta terça-feira (16/11), no Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O júri era composto por quatro mulheres e três homens.
Durante o interrogatório, Alexandre confessou ter matado Diego porque foi jurado de morte por conta de uma dívida com traficantes. Ele disse, ainda, que atropelou o rapaz porque confundiu a ré do carro no momento da fuga, e afirmou estar arrependido do crime.
Crime registrado por câmera de segurança
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na madrugada de 8 de agosto de 2020, Alexandre e a namorada atiraram contra Diego e passaram com o carro por cima dele.
Nas imagens do circuito de segurança, é possível ver que o homem contou com a ajuda da namorada para tirar a vítima do porta-malas do carro e atirar. Cada um deu três tiros. Em seguida, o casal embarcou no veículo, o motorista deu marcha à ré e atropelou a vítima duas vezes. A ação foi flagrada por uma câmera de segurança.
Nas imagens, é possível ver que o homem contou com a ajuda da adolescente para tirar a vítima do porta-malas do carro e atirar. Cada um deu três tiros. Em seguida, o casal embarcou no veículo, o motorista deu marcha à ré e atropelou a vítima duas vezes.
O MPMG destaca que Alexandre usou de meio cruel para a prática do crime, atirando e atropelando a vítima por mais de uma vez.
*Estagiária sob supervisão