A volta para casa dos belo-horizontinos que dependem do transporte público foi muito tumultuada nesta segunda-feira (22/11), quando trabalhadores do setor iniciaram greve geral. A reportagem do Estado de Minas flagrou muitos pontos de ônibus lotados na área central, com pessoas à espera dos coletivos.
Um veículo da linha 4107 chegou a ter o embarque também pela parte traseira. O motorista desligou os motores devido à impossibilidade de fechar as portas em meio à intensa aglomeração.
Houve reclamação geral pelo atraso nas viagens. Cada linha está demorando um tempo superior a 30 minutos.
Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) optou pela manutenção do movimento grevista, o que pode afetar ainda mais a vida da população.
Uma tentativa de conciliação entre trabalhadores e empresas foi feita em reunião à tarde na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas as negociações fracassaram.
Uma tentativa de conciliação entre trabalhadores e empresas foi feita em reunião à tarde na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas as negociações fracassaram.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 9% (INPC mais as perdas dos últimos anos), tíquete-alimentação de R$ 800, o pagamento do tíquete no atestado, remoção do banco de horas e o abono salarial de 2019 e 2020.
A retirada da limitação do passe livre, manutenção do passe livre para o afastado e melhorias no plano de saúde também fazem parte da negociação.
Na sexta-feira, o desembargador Fernando Luiz Gonçalves Rios Neto, 1º Vice-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, determinou que pelo menos 60% da frota circulasse em BH, com multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da norma.
Porém, muitas linhas rodaram sem o mínimo exigido. A maioria das estações da capital contou com poucos ônibus e muita gente na fila.