%u26A0%uFE0FSituação da operação do transporte coletivo (paralisação dos operadores)
%u2014 OficialBHTRANS (@OficialBHTRANS) November 23, 2021
% de viagens realizadas em relação às programadas
FAIXA 5h às 6h
Estações:
Barreiro:0%
Diamante:3%
José Cândido:67%
Pampulha:29%
São Gabriel:47%
São José:50%
Venda Nova:40%
Vilarinho:58%
Demais Linhas:33%
Segundo balanço da BHTrans, da meia-noite às 6h de hoje, apenas 30,8% das viagens programadas foram realizadas. O número de viagens no intervalo é maior do que o registrado no início da manhã de ontem. Entre 5h e 6h desta terça, as porcentagens por estação foram as seguintes:
José Cândido: 67%
No entanto, a partir das 6h, sindicalistas e trabalhadores que aderiram à greve passaram a atuar nas estações para impedir as viagens, de acordo com a BHTrans. Conforme o Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH), por volta das 6h40, manifestantes bloqueavam a pista do Move na Estação Pampulha. Há relatos de internautas de que os passageiros eram orientados a desembarcar antes de entrar no local.
Pouco antes das 8h, a empresa de trânsito divulgou um novo levantamento, informando que, das 6h às 7h, 35% das viagens foram realizadas. A menor porcentagem de viagens realizadas hoje em relação às programadas continua a ser registrada nos terminais de ônibus que atendem a região do Barreiro. Nesse sentido, as maiores são em Venda Nova, Leste e Nordeste. Confira abaixo:
%u26A0%uFE0FSituação da operação do transporte coletivo (paralisação dos operadores)
%u2014 OficialBHTRANS (@OficialBHTRANS) November 23, 2021
% de viagens realizadas em relação às programadas
FAIXA 6h às 7h
Estações:
Barreiro:5%
Diamante:4%
José Cândido:50%
Pampulha:29%
São Gabriel:31%
São José:29%
Venda Nova:28%
Vilarinho:54%
Demais Linhas:42%
Transtornos na segunda-feira
Outra reunião com a mesma pauta está marcada para esta tarde, a partir das 14h30, em nova tentativa de negociação para a categoria. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 9% (INPC mais as perdas dos últimos anos), tíquete-alimentação de R$ 800, o pagamento do tíquete em caso de afastamento médico, remoção do banco de horas e o abono salarial de 2019 e 2020. A retirada da limitação do passe livre, manutenção do passe livre para o afastado e melhorias no plano de saúde também fazem parte da negociação.
Mas, ao longo da manhã de ontem, os intervalos entre os ônibus chegavam a duas horas e meia. A Estação Vilarinho, por exemplo, operou com apenas 30% da frota na faixa das 6h, no horário de maior movimentação nas estações. Por sua vez, Venda Nova teve 26% dos veículos à disposição e São Gabriel e Pampulha contaram com apenas 22% e 20%, respectivamente, no horário. A grave teve adesão total na Estação Diamante, que não teve nenhum ônibus rodando no início da jornada de trabalho.
O presidente da BH Trans, Diogo Prosdocim, admitiu que nenhuma das empresas cumpriu o acordo de manter o mínimo de frota exigida pela Justiça. “Isso virou uma questão que será dialogada na Justiça e vai acabar se tornando uma determinação judicial. Não estamos levantando nenhuma possibilidade, até porque o reajuste ocorre no final do ano, a partir do dia 26 de dezembro. Então, mesmo numa situação de normalidade, isso seria discutido apenas em dezembro", ressaltou o presidente da BHTrans.
Custo
Por sua vez, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belo Horizonte (Setra-BH), Raul Leite, afirmou que o aumento dos salários é inviável diante dos altos custos que a operação exigiria: “Entendemos o mérito do pedido dos empregados, sabemos que nossa força de trabalho é dedicada e competente, trabalhando com gana nessa pandemia. Eles merecem um aumento. Mas se aumentássemos 10% em cima de R$ 35 milhões, que é a folha de pagamento, iríamos para R$ 38,5 milhões ou R$ 39 milhões. Não fecharia a conta. Entraríamos em modo de autodestruição”.
Déficit
O Setra-BH alega déficit operacional. Segundo cálculos da entidade, com base em outubro deste ano, com o transporte de 20 milhões de passageiros, com tarifa média de R$ 3,20, a arrecadação é de R$ 64 mil. Desse total, R$ 27 milhões foram para o diesel. Contando com a folha de pagamento, de R$ 35 milhões por mês, sobram, segundo o Setra-BH, R$ 2 milhões para impostos e outras obrigações, que vão da manutenção dos ônibus às garagens.
Tumulto
A falta de ônibus mudou radicalmente a rotina dos belo-horizontinos, que desejavam chegar ao trabalho. Vários deles, sem ônibus, saíram da estação e buscaram outras soluções para chegar ao destino. É o caso de Franciele Caldeira, de 37 anos, que não conseguiu transporte para ir até a Savassi, Região Centro-Sul da cidade. "A gente até sabia que ia ter a greve, então não pegou muito de surpresa. Fui até a estação para ver se realmente iria ocorrer. Nosso patrão já até tinha conversado que, qualquer coisa, a gente podia pegar o transporte por aplicativo. Foi o que eu fiz", disse a atendente de clientes.
Socorro e lucro
Outra parte importante da greve são os motoristas de aplicativos, que "socorrem" os usuários de ônibus e, ao mesmo tempo, lucram. Gilmar Maia, de 49, aguardava um passageiro na Estação Venda Nova e comentou que o movimento está bom. “Sempre trabalho pela manhã e saio às 7h. Hoje saí um pouco mais cedo e já tive retorno. Normalmente, tenho quatro corridas pela manhãzinha. Só até aqui já foram oito, com preço de 40% a 60% maior. A gente lamenta toda a situação, mas também precisamos trabalhar e prestar nosso serviço, que é mais do que legal", disse.
A greve encheu o metrô, com menos capilaridade que o transporte público municipal, por ter somente uma linha. Na Estação Vilarinho, a movimentação foi intensa e chegou a ser até maior que a parte exclusiva dos ônibus.
No começo da noite, também houve tumulto nas principais ruas da capital. Um veículo da linha 4107 chegou a ter o embarque também pela parte traseira. O motorista desligou os motores devido à impossibilidade de fechar as portas em meio à intensa aglomeração. Também houve bastante aglomeração em Venda Nova, Vilarinho e no Barreiro. *Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho