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Estado de Minas TRÉGUA NA PANDEMIA

Zema: Prefeitos devem 'fazer sua parte' no carnaval e não 'se omitir'

Segundo o governador de Minas, o cenário de vacinação é positivo para o carnaval 2022 ser realizado


23/11/2021 13:05 - atualizado 23/11/2021 13:31

Baccheretti e Zema em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23/11) no Hospital Eduardo de Menezes
Baccheretti e Zema em coletiva de imprensa nesta terça-feira (23/11) no Hospital Eduardo de Menezes (foto: Marco Evangelista / Imprensa MG)
O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta terça-feira (23/11) em coletiva de imprensa no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, que o cenário da pandemia de COVID-19 está favorável para que ocorra o carnaval de 2022. O chefe do Executivo estadual informou que a organização é das prefeituras e que espera o mínimo de cada uma para orientar e organizar o evento de forma responsável. “Se omitir nesse momento seria o menos adequado a se fazer”, afirmou Zema.

Os brasileiros estão em "abstinência" de folia após o carnaval ter sido barrado em 2021 devido à pandemia de COVID-19. Mas tudo indica que entre 26 de fevereiro e 1° de março de 2022, os foliões vão poder matar a saudade e festejar novamente.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, o cenário de vacinação previsto para a data é positivo.

“Teremos cerca de 90% de toda a população vacinada com as duas doses e boa parte já vai ter tomado o reforço. Chegamos a um cenário diferente de quase qualquer país no mundo, porque o Brasil é um país que tem grande adesão à vacina. Nós já temos, da população adulta, 94% que tomaram pelo menos a primeira dose, ou seja, todo mundo está buscando a vacinao”, afirmou.

“Hoje, a incidência da doença é de 25 casos para 100 mil, na Alemanha é mais de 400 casos para 100 mil. Então, estamos em um momento epidemiológico positivo, vamos ver como estaremos no carnaval em relação a isso”, acrescentou.

Baccheretti disse também que os eventos estão acontecendo, então o melhor a se fazer é orientar com responsabilidade e controle.

“Nosso papel, pelo Minas Consciente que foi atualizado, é dar os cuidados necessários. Não adianta o setor público fechar os olhos, as festas estão acontecendo, o carnaval vai ser planejado pelos organizadores locais e nós temos que ajudar a orientar para que não haja risco de ser desorganizado e de forma preventiva como estamos tentando fazer agora. Temos que chegar mais perto para saber sobre isso”, alertou.

O governador corroborou a fala do secretário e afirmou que se omitir neste momento é o menos recomendado.

“Todo evento referente a carnaval cabe às prefeituras estruturarem, executar. Mas o Estado quer dar total orientação, apoio. O pior que uma prefeitura pode fazer é não interferir em nada, falar: 'Eu não tenho nada a ver com isso'. Quando temos qualquer evento maior, é necessário que cada prefeitura pelo menos oriente, organize, não precise patrocinar, mas se omitir nesse momento seria o menos adequado a se fazer”, ressaltou Zema.

Ele também destacou que o carnaval é um evento importante para a economia de muitos municípios. “Carnaval significa várias coisas, inclusive renda para várias cidades, muitas têm um carnaval forte. Significa um evento cultural, uma questão de estarmos retomando um evento que não aconteceu em 2021 devido a pandemia e o Estado vai fazer tudo que estiver ao alcance, mas a execução final e o detalhamento cabe a cada prefeitura. Esperamos que os prefeitos, que fizeram tão bem até o momento, também façam a sua parte, já que em 90 dias estaremos com este evento.”

Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou nesta semana em coletiva de imprensa na prefeitura, que não vai patrocinar o carnaval da cidade. “A prefeitura dá, quando você vai passear na Lagoa da Pampulha, a Guarda Municipal, trânsito, cuidado, tudo que tiver de espontâneo é obrigação da prefeitura cuidar da população, ponto final, é isso. Não adianta, que a prefeitura não vai patrocinar carnaval, não vai patrocinar nada", disse o prefeito na sexta-feira (19/11).

Kalil afirmou qtambém ue a verba que, em tese, seria utilizada no carnaval será reservada para outros eventos culturais. O prefeito também indicou que o motivo de não organizar o carnaval tem a ver com a pandemia de COVID-19 e o momento festivo anterior, como réveillon.

"Vamos investir o dinheiro do carnaval, eu autorizei o presidente da Belotur que invista o dinheiro do carnaval no evento posterior, não vamos guardar o dinheiro da cultura e dos eventos, vamos investir em cultura e evento. Mas, no carnaval, depois que veio a praia, depois que vem o réveillon e vir o carnaval é chamar o azar para o nosso lado. E eu não quero dar sopa para o azar", completou.


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