Jornal Estado de Minas

COMITÊ CONTRA A COVID

Infectologistas recomendam que PBH não patrocine carnaval em 2022

O Comitê de Enfrentamento à COVID de Belo Horizonte recomendou que a prefeitura da capital mineira não patrocine o carnaval nem o Ano Novo, além de desaconselhar a população a participar de eventos com grandes aglomerações. A Nota Técnica foi divulgada nessa segunda (22/11). 




 
"O Comitê de Enfrentamento à COVID recomenda que a Prefeitura de Belo Horizonte não patrocine e desaconselhe a população a participar de eventos que possam implicar em grandes aglomerações públicas de pessoas, como, por exemplo, comemorações da passagem do ano e carnaval 2022, por entender que, no momento, tais ações possam vir a ter consequências negativas importantes para a saúde do povo de Belo Horizonte", afirma a Nota Técnica.
 
A recomendação é baseada em uma série de motivos, entre eles, a diminuição da imunidade produzida pela vacinação a partir de 6 meses da segunda dose e por grande parte da população ainda estar sem a dose de reforço.
 
Outro ponto alertado pelo Comitê é o atual cenário europeu, que vive a quarta onda da COVID-19, causada, dentre diversos motivos, pela a chegada do inverno, cobertura vacinal insuficiente e a prevalência da variante Delta na Europa, que é mais transmissível, segundo afirmou Hans Kluge, diretor regional da Organização Mundial da Saúde na Europa à BBC.




 
"Considerando o cenário Europeu, notadamente os países: Reino Unido, Holanda, Alemanha onde o nível de vacinação até o dia 20/11/21 era próximo ou melhor do que os índices brasileiros e que lá estão vivendo a quarta onda da epidemia. Considerando que no dia 18/11/21 a Alemanha presenciou lotação máxima de seus leitos de CTI tendo tido que encaminhar pacientes para outros países da região", diz a nota.
 
A situação da Europa, inclusive, é uma preocupação mundial. A OMS afirmou que teme que o avanço da pandemia no continente provoque 700.000 mortes adicionais até março, caso a tendência atual persista.

Apesar da recomendação feita pelo Comitê, os infectologistas afirmaram na nota que "compreendem a importância dos eventos para a cidade, a relevância para cultura de Belo Horizonte e para a sua economia, mas entendem que não é o momento de trazermos às ruas milhões de pessoas em curto espaço de tempo como veio acontecendo nos anos que precederam a pandemia". 
 
Por isso, acreditam que é possível pensar em formatos de eventos que estejam apropriados ao momento histórico e aderentes aos protocolos sanitários. 
 
*Estagiária sob supervisão 





audima