A vacinação contra a COVID-19 em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (24/11), é destinada a adolescentes de 17 anos. Nos postos espalhados pela capital, ainda é possível encontrar idosos tomando o reforço, e jovens acima de 20 anos completando a imunização com doses da Pfizer.
No posto da UFMG, a estudante Júlia Lamarca Nunes dos Santos, de 17 anos, estava otimista: "A vacina pra mim é uma esperança de poder voltar ao que era antes, ter mais segurança, poder sair sem se preocupar muito e, principalmente, reduzir o número de mortes".
Ela acha importante manter o uso de máscaras mesmo depois da vacinação: " ao menos até estarmos mais seguros, com mais pessoas vacinadas, acho que é necessário continuar mantendo as medidas de segurança", afirma.
Já o mecânico Pedro Henrique, de 24 anos, mesmo perdendo o dia da convocação de sua idade para tomar a segunda dose, correu atrás de ir nas oportunidades de repescagem da vacinação, e disse: " é uma coisa muito boa poder completar a imunização contra este vírus, que matou tanta gente. Graças a Deus agora estou mais protegido".
Pedro também concorda que as medidas de proteção deveriam ser mantidas, e acrescenta: "até as coisas normalizarem um pouco, diminuir o número de mortes e casos, é necessário que continuem o uso da máscara, pelo menos", comenta.
O Contador Carlos Eustaquio de Almeida, de 65, também se vacinou na repescagem, e a vacina aplicada foi o reforço da marca Pfizer. Ele contou a reportagem, o que pensa sobre as vacinas: " tomei as duas doses da Coronavac, e logo depois tive COVID, os sintomas foram leves, apenas uma gripe, com um pouco de nariz congestionado. Penso que se não existisse a vacina, as vezes nem estaria aqui te contando esta história", conta emocionado, o contador.
"Eu sigo o que a Anvisa e a maioria das pessoas falam, então se é necessário tomar três doses, eu fui lá e tomei! Não abro mão desta proteção, de jeito nenhum", afirma Carlos Eustáquio.
Os eventos de fim de ano e carnaval devem ocorrer?
Os três entrevistados disseram achar perigoso a ocorrência de grandes eventos nos próximos dois anos. " Até que os especialistas digam que é seguro fazer eventos em maior escala, que é seguro se aglomerar, que o número de mortes está em praticamente zero e a contaminação tenha uma chance remota de ocorrer, acho que os eventos não deveriam acontecer", disse o contador.
Pedro Henrique também é contra eventos. "Acho que ainda é cedo para realizar este tipo de coisa. Em 2023, pode ser que não seja possível ter esses eventos ainda, tem muita variante espalhada por aí", afirma.
Já Júlia Lamarca é a favor, mas deve ter cuidados: "Sei que é difícil manter o controle sobre esses eventos, principalmente o carnaval. Mas se ocorrer esses festejos, que seja com algum tipo de controle", comenta a estudante.
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) reforça que só poderão tomar o reforço, se o intervalo de aplicação da última dose já estiver completado seis meses. Para a segunda dose da Pfizer, é necessário ter oito semanas da última aplicação, e nos adoelescentes o intervalo entre as doses, precisa ter completado 21 dias.
De acordo com a PBH, para tomar as doses é necessário levar o cartão de vacina, CPF, comprovante de endereço em Belo Horizonte e documento oficial com foto.
O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru.
Há também pontos de vacinação com horário noturno, que funcionam de segunda a sexta-feira. Confira os horários e endereços:
- UFMG Campus Saúde (Escola de Enfermagem): avenida Professor Alfredo Balena, 190 - Santa Efigênia – Funcionamento das 12h às 20h
- Faculdade Pitágoras: rua dos Timbiras, 1.375 - Funcionários – Funcionamento das 8h às 20h
- UNA-BH: rua Aimorés, 1.451 - Lourdes – Funcionamento das 8h às 20h
- Faminas-BH: avenida Cristiano Machado, 12.001 - Vila Clóris – Funcionamento das 8h às 20h
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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