
A troca de farpas teve início a partir de uma declaração de Kalil na última sexta-feira (19). O prefeito afirmou que o carnaval de 2022 não contaria com recursos públicos e que não "patrocinaria" o evento, com mais de quatro dias de festa nas ruas, a partir de um receio da situação da pandemia de COVID-19.
"A prefeitura dá, quando você vai passear na Lagoa da Pampulha, a Guarda Municipal, trânsito, cuidado, tudo que tiver de espontâneo é obrigação da prefeitura cuidar da população, ponto final, é isso. Não adianta, que a prefeitura não vai patrocinar carnaval, não vai patrocinar carnaval, não vai patrocinar nada", disse, na ocasião.
"Vamos investir o dinheiro do carnaval, eu autorizei o presidente da Belotur que invista o dinheiro do carnaval no evento posterior, não vamos guardar o dinheiro da cultura e dos eventos, vamos investir em cultura e evento. Mas, no carnaval, depois que veio a praia, depois que vem o réveillon e vir o carnaval é chamar o azar para o nosso lado. E eu não quero dar sopa para o azar", completou.
A posição motivou uma manifestação de Romeu Zema dias depois, na terça-feira. Sem citar nomes, o governador disse que a folia é de responsabilidade das prefeituras e que elas não deveriam se omitir.
"Todo evento referente a carnaval cabe às prefeituras estruturarem, executar. Mas o Estado quer dar total orientação, apoio. O pior que uma prefeitura pode fazer é não interferir em nada, falar: 'Eu não tenho nada a ver com isso'. Quando temos qualquer evento maior, é necessário que cada prefeitura pelo menos oriente, organize, não precise patrocinar, mas se omitir nesse momento seria o menos adequado a se fazer", disse.