Um casal de Poço Fundo, no Sul de Minas, superou junto a dor de enfrentar a luta contra o câncer. Primeiro, Franquisnei recebeu o diagnóstico de câncer na próstata. Quando estava finalizando o tratamento, a esposa dele, Luciene, foi diagnosticada com câncer de mama. Na saúde e na alegria, eles tocaram juntos o sino da vitória na Santa Casa de Alfenas.
Franquisnei Henrique Dias, de 42 anos e Luciene Pereira Dias, de 47, estão juntos há 27 anos e já enrentaram muitos desafios pela vida. Eles se conheceram em um clube de Poço Fundo. “A gente frequentava um clube e nos conhecemos lá. Ela é uma pessoa muito boa e carismática. Além de muito bonita. No começo a gente morou junto e depois de um certo tempo, nos casamos. Temos um casal de filhos, de 20 e 22 anos, de filhos e uma neta de 3 anos”, conta o trabalhador rural.
Mas o desafio maior foi a luta contra o câncer. “Eu trabalho na roça e estava guardando o milho, quando senti muita dor. Até deitei no chão. Fui ao médico e ele descobriu o tumor. Quando recebi a notícia fiquei muito abalado, meu mundo caiu. Mas, gracas a Deus, tenho muitos amigos, que me motivaram. Também recebi o apoio da família que não deixa a peteca cair”, ressalta.
O trabalhador rural passou por tratamento por cerca de um ano na Santa Casa de Alfenas. “Lá não tem pessoas, tem anjos. Nunca fui tão bem tratado. Bom demais”, comemora.
A psicóloga da Santa Casa de Alfenas, Airlene Gomes, explica que a aceitação do processo é fundamental. “Quando o paciente está emocionalmente mais estável e aceita a doença, isso traz um benefício enorme”, afirma.
Segundo Franquisnei, foram dias intensos, difíceis e de muita luta. Quando a luz no fim do túnel ia voltar a brilhar para o trabalhador rural, a esposa dele foi diagnóstica com a doença na mama. “Ela descobriu no fim do meu tratamento. O dela foi na mama. Ela fez várias mamografias, mas nunca deram nada. Até que ela sentiu um carocinho e fez um exame mais complexo”.
“Graças a Deus deu tudo certo e deixamos para tocar o sino da vitória juntos. Essa luta mudou muita coisa na nossa vida. Já tinha amor e agora aumentou muito. Nessas horas que a gente descobre muta coisa. As vezes estamos desligados das coisas importantes, afastados de Deus e isso vem para mostrar que sem Deus a gente não é nada”, ressalta.
Ainda segundo a psicóloga, o ato de tocar o sino representa o encerramento de um ciclo. “O paciente precisa entender que aquele ciclo que se encerrou, ele precisa sentir seguro para dar continuidade a vida dele. Porque a vida volta ao normal. É uma satisfação muito grande ver que aquela pessoa vai ter a vida de volta. A cada pessoa que toca o sino, ficamos emocionados com essa vitória”, diz.