(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SOLIDARIEDADE

Dia de Doar: saiba mais sobre a ação e como ajudar instituições envolvidas

Doações de pessoas físicas caíram após o pior momento da pandemia de COVID-19 no Brasil


26/11/2021 18:08 - atualizado 26/11/2021 18:47

Logo do movimento, com um coração nas cores verde e amarela e Dia de Doar
A iniciativa acontece na próxima terça-feira (30/11) (foto: Dia de Doar/Divulgação)
Na próxima terça-feira (30/11) acontece o Dia de Doar, um movimento que tem o intuito de 
fomentar doações para instituições filantrópicas. De acordo com o Monitor de Doações da Associação Brasileira de Captadores de Recursos, no final de maio de 2020, o crescimento do volume de dinheiro da filantropia começou a desacelerar e praticamente estagnou desde então.
Apesar do setor da saúde ser o maior beneficiado, com 73% das doações, apenas 6% do montante arrecadado foi destinado às instituições filantrópicas. Essa é a realidade de instituições como o Hospital da Baleia e a Santa Casa BH. 

Neste ano, as doações de pessoas físicas caíram cerca de 25% no Hospital da Baleia, em razão do cenário econômico causado pela pandemia da COVID-19.
 
A instituição faz, anualmente, cerca de 1,2 milhão de procedimentos entre atendimentos, internações, sessões de hemodiálise, quimioterapia e radioterapia, exames, cirurgias e consultas pediátricas.

A diferença entre os custos dos procedimentos hospitalares e a remuneração paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é deficitária. 

Segundo Danielle Ferreira, Superintendente de Mobilização de Recursos do Hospital da Baleia, em média, o SUS repassa 30% abaixo do custo real dos procedimentos. 

“As doações são essenciais para minimizar as diferenças entre os custos da operação e manutenção do hospital e a remuneração paga pelo SUS, que vem de uma tabela deficitária há mais de 20 anos.”

Ela explica que, ao longo de 2021, o agravamento da recessão econômica afetou as doações. “O contexto de vulnerabilidade social impactou nas doações vindas de pessoas físicas.”

Por isso, a superintendente reforça a importância da iniciativa do Dia de Doar. “Campanhas como Dia de Doar são de grande importância para o Baleia, pois auxiliam na captação de recursos, fomentam a doação e, consequentemente, nos apoiam na continuidade do nosso trabalho, que é oferecer saúde de qualidade aos nossos pacientes e salvar vidas.” 

Danielle lembra que as doações de pessoas físicas podem chegar de várias maneiras, por meio dos trocos nas lojas da Drogaria Araujo, EPA Supermercado, MartMinas ou Tambasa, pela conta de água emitida pela Copasa ou de luz da concessionária Cemig, doações pelo site da instituição ou imposto solidário na declaração de imposto de renda. 
 
Além disso, a instituição demonstra os números arrecadados em seu site, em uma prestação de contas auditada. 

O Hospital da Baleia é referência em Minas Gerais no atendimento oncológico adulto e pediátrico. Atende a 88% dos municípios do estado, sendo 95% via Sistema Único de Saúde, o SUS.

Além da Oncologia adulta e pediátrica, há outros Centros de Referência, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria, com destaque para o Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare), além de mais de outras 30 especialidades médicas.

Aumento e queda de doações 

Outra instituição ligada à área da saúde que passou por uma queda nas doações durante a pandemia foi a Santa Casa BH.

A gerente de Responsabilidade Social e Mobilização de Recursos do hospital, Kézia Marques, conta que as arrecadações oscilaram conforme a crise sanitária avançava.

“No início da pandemia, nos seis ou oito primeiros meses, acho que muito em razão da Santa Casa estar ligada a área da saúde, tivemos um aumento na quantidade de doações. Mas, que não se estabilizou. Depois foi caindo e hoje estamos em patamares menores do que tínhamos antes da pandemia, em alguns aspectos.” 

A gerente explica que a instituição está sempre estimulando as pessoas a se engajarem na causa. “A Santa Casa é muito grande, são mais de 1.200 leitos, mais de 2 milhões de exames ao ano, quase 300 mil consultas ao ano. Ela atende mais de 80% dos municípios do estado de Minas. Com tantos atendimentos e responsabilidades, não podemos ficar esperando a doação chegar de forma passiva.”

Segundo Kézia, a instituição se movimenta muito para despertar nas pessoas física e jurídica esse sentimento solidário de doação. 

“Temos muitas frentes ativas de solidariedade. As pessoas podem ajudar de diversas maneiras: por meio do troco solidário, doação mensal regular, empresas por meio de lei de incentivo, parcerias diversas, bazar. Sem deixar de falar dos nossos voluntários, que com muito amor, carinho e afeto nos ajudam a levar para nossos pacientes, conforto para além do cuidado da saúde.”

Ela reforça a importância da doação para a continuidade do trabalho oferecido pelo hospital. 

“Sem as doações, seja de pessoas físicas ou jurídicas, a Santa Casa estaria em uma situação muito mais difícil do que está hoje. Conseguimos dar um atendimento de excelência porque conseguimos engajar pessoas, empresas e voluntários no nosso dia a dia dentro do hospital.”

Além disso, a superintendente lembra que o hospital atende pessoas carentes ou em situação de vulnerabilidade social. 

“Tem pessoas que chegam aqui para fazer quimioterapia sem ter conseguido tomar café da manhã porque vieram só com o dinheiro da passagem. E através das doações, conseguimos fornecer um café da manhã para que elas se fortifiquem e consigam fazer o tratamento. As doações percorrem todas as áreas da Santa Casa, desde o atendimento oncológico ambulatorial até os atendimentos de média e alta complexidade. Para a Santa Casa não tem doação pequena. Toda e qualquer doação, seja de tempo ou de recursos financeiros, vêm para nos ajudar na nossa missão”, completa. 

Para contribuir com a Santa Casa BH, acesse o site do hospital

Terça-feira da doação 

O Dia de Doar é um movimento organizado pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), em parceria com o Instituto Mol. 

“É uma mobilização que promove um país mais solidário, por meio da conexão de pessoas com causas. E faz isso celebrando o prazer que é doar, e o hábito de doar o tempo todo.

Quem faz o Dia de Doar acontecer é quem está do outro lado da ação – seja doando ou fazendo uma ação para estimular a doação de indivíduos, empresas, etc”, diz o site da iniciativa. 

No Brasil, o Dia de Doar foi realizado pela primeira vez em 2013, um ano depois da primeira edição nos Estados Unidos, em 2012. A partir de 2014, o Brasil passou a fazer parte do movimento global, que hoje conta com 85 países participando oficialmente.

Lá fora, a iniciativa tem nome de #GivingTuesday, que significa "terça-feira da doação". Vem na sequência de datas comerciais já famosas, como a Black Friday e a Cyber Monday. É sempre feita na primeira terça-feira depois do Dia de Ação de Graças. 

Para saber como ajudar instituições que participam do movimento, acesse o site do Dia de Doar.
 
*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)