Jornal Estado de Minas

PAPAI NOEL DA PANDEMIA

Shopping decide deixar Papai Noel isolado por estrutura para evitar toques

Da presença virtual através de vídeo para a física, mas envolto por uma estrutura metálica. No Shopping Uberaba, a figura do Papai Noel sofreu esta mudança do Natal de 2020 para o deste ano.




 
Como a pandemia ainda não acabou, o centro comercial divulgou que a ideia da presença física do Papai Noel, na Fábrica de Brinquedos, envolta pela estrutura metálica, é para evitar aglomeração e todo o tipo de toque.
 
Por outro lado, a magia do Natal estará mais presente do que o ano passado, segundo a assessoria de imprensa do shopping, já que as crianças agora podem vê-lo fisicamente, acenar para ele, mandar beijo, entregar cartinhas e fazer fotos.
 
José Sebastião Faria, 74 anos, que trabalha como Papai Noel desde 2014, diz que, apesar de estar se sentindo bem com a nova experiência, sente também a falta das crianças mais perto dele.
 
“Agora eu só aceno com a mão e jogo beijinhos, mas essa nova experiência também está sendo satisfatória, de certa forma. Eu fico tentando trazer a criança para perto de mim e fazer fotos”, comenta Faria.




 
Como é proibido o encontro físico, o Papai Noel fica acenando e mandando beijinhos para as crianças (foto: Renato Manfrim)
  
Segundo Marcia Junqueira Novaes, que atua em uma agência de Uberlândia e coordena a Fábrica do Papai Noel do Shopping Uberaba, as mães sempre comentam com ela: “que pena, nós queríamos tanto uma foto, mas nós estamos felizes em ter o Papai Noel aqui".
 
"Além disso, a maioria das crianças fica muito feliz ao ver o Papai Noel e tem algumas poucas crianças, mais pequenas, que ficam com medo”, complementa.
 
Com relação às cartinhas que as diversas crianças colocam na caixa do Papai Noel, Márcia Novaes explica que parte delas poderá ser atendida através da ajuda de empresários.
 
“A gente vai ler tudo, mas tem muitas crianças que não colocam endereço e fica difícil atender os pedidos. Mas, na medida do possível, vamos tentar atender a todas com a ajuda de empresários", garante.
 
"É muita carta e não dá para atender a todos. Por isso, a gente está pedindo também para a família, os vizinhos, para virem buscar as cartinhas e tentarem ajudar as crianças”, finaliza Novaes.

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