Uma investigação que durou um mês realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e em parceria com a Guarda Municipal de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), terminou na prisão de um homem de 40 anos, dono de um ferro-velho, no Bairro São Luiz, em Betim, onde foram apreendidos mais de 260 quilos de fios de cobre sem procedência. O “Rei do Cobre” é suspeito de comprar esse tipo de material furtado das ruas e instituições da cidade há cerca de seis anos.
A ação policial ocorreu na tarde de terça-feira (2/12) em um ferro-velho alvo das investigações. O proprietário do estabelecimento foi preso em flagrante pela prática do crime de receptação qualificada. O motorista do homem chegou a ser detido, mas foi liberado após prestar depoimento à policia.
O roubo de cabeamento tem causado prejuízos nas ruas e estabelecimentos em Betim. Os graves problemas vão de semáforos parados à perda de medicamentos, como no caso da Unidade Básica de Saúde Dom Bosco, que perdeu centenas de doses de vacinas contra a COVID-19, Coronavac e Pfizer, no dia 13 de outubro, devido à falta de energia decorrente desse tipo de furto.
Ostentação chamou atenção da polícia
A movimentação financeira do proprietário do ferro-velho chamou a atenção dos investigadores, que, pela quebra de sigilo bancário, constatou-se uma movimentação que girava em torno de R$ 300 mil a R$ 400 mil por mês.
O próprio suspeito se intitulava ‘Rei do Cobre’ e, em uma foto postada em sua rede social, mostra um corte de cabelo com as inciais “RC”. Ele também ostentava uma vida de luxo e postava fotos de pilhas de notas de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, ele já tem passagem pela polícia pelos crimes de embriaguez no trânsito e lesão corporal. Para a atual investigação, ele poderá responder pelo crime de receptação qualificada e permanecer recluso por três a oito anos.
A investigação segue a linha de que ele não comandaria os roubos, mas seria um dos principais contatos de compra de cobre roubado conhecido pelos criminosos.