O segundo dia da greve dos motoristas, deflagrada nessa quinta-feira (2/12) testou a paciência dos usuários do transporte público de Belo Horizonte.
pontos e estações de ônibus amanheceram lotados, com passageiros esperando até duas horas por uma condução. O combo de transtornos inclui trânsito congestionado, o que torna o deslocamento da população ainda mais demorado.
Os "Minha paciência já explodiu. Tem 45 minutos que estou aguardando meu ônibus. Isso porque, antes de vir pra cá, eu andei da minha casa até a BR para pegar outra condução. Lá, esperei uns bons 40 minutos também", queixa-se o vendedor Marlon Souza. Ele Mora em Vespasiano, na Grande BH, e trabalha no Centro da capital.
A vendedora Maria Eduarda Dias, que desceu do coletivo por volta de 9h em frente ao Shopping Estação, na Região de Venda Nova, reclama do trânsito lento e dos veículos extremamente lotados. "Vim espremida como numa lata de sardinha. E o meu trajeto, que normalmente dura 40 minutos, foi de mais de uma hora".
A BHTrans, que monitora a circulação dos ônibus com a greve, informou que, até às 5h da manhã, os quadros de ônibus estavam em branco e sem viagens programadas.
Das 478 viagens previstas para o período, só 74 foram feitas, ou seja, 15% do total.
A Estação Diamante, na Região do Barreiro, está fechada e, de acordo com a BHTrans, não tem previsão de reabertura.
Impasse
As 10h desta sexta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) se reúnem em uma nova audiência de nova conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A expectativa é de que as duas partes cheguem a um acordo sobre as reivindicações do movimento grevista.
Até o momento, há um impasse. Os motoristas pedem reajuste salarial de 9% e correção dos vencimentos pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), pagamento do tíquete-alimentação no período de férias, intervalo máximo de 30 minutos entre as viagens, tíquete-alimentação de R$ 800, pagamento do tíquete no atestado, abono salarial 2019/2020, retirada da limitação do passe livre e elhoria no plano de saúde.
Até o momento, há um impasse. Os motoristas pedem reajuste salarial de 9% e correção dos vencimentos pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), pagamento do tíquete-alimentação no período de férias, intervalo máximo de 30 minutos entre as viagens, tíquete-alimentação de R$ 800, pagamento do tíquete no atestado, abono salarial 2019/2020, retirada da limitação do passe livre e elhoria no plano de saúde.
Alegando crise - arrecadação de R$ 64 milhões contra gastos de R$ 100 milhõe -, o Setra-BH apresentou uma contraproposta. A classe patronal ofereceu aumento de 9%, com início do pagamento em dezembro de 202, reajuste de 9% no valor do tíquete-alimentação, e acréscimo de 10% no adicional de função (quando o motorista dirige e cobra passagem).
A oferta foi rechaçada em assembleia pelos trabalhadores