A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que preside a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), encaminhou para a secretária de estado de Educação, Júlia Sant'Anna, uma relação de 149 escolas em mais de 60 cidades mineiras que tiveram suspeitas da contaminação por COVID-19 após retorno das aulas presenciais.
De acordo com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG), Minas Gerais possui 3.500 escolas estaduais e, dessas, 49 estão com as aulas presenciais suspensas temporariamente em razão de casos de COVID-19 suspeitos ou comprovados.
A deputada cobrou providências da SEE em relação ao retorno obrigatório das aulas presenciais em uma rede de ensino marcada pela precariedade e falta de investimento para a melhoria das condições sanitárias.
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Por isso, ela criou um monitoramento para que a comunidade escolar pudesse ter onde denunciar essas situações. "Como ajuizei uma Ação Popular contra essa decisão do governo, também informei ao juiz desta situação'', disse.
Segundo Beatriz, o que mais chamou mais a atenção no levantamento foi a demora do governo estadual em tomar providências e não afastar profissionais da educação dessas escolas.
"Tivemos situações em que uma escola suspendeu as aulas, mas a professora, que também trabalhava em outra escola estadual, continuou trabalhando e testou positivo", denunciou.
Na lista consta 16 escolas de Belo Horizonte, seis de Mariana (Região Central), cinco de Leopoldina (Zona da Mata), quatro de Betim (Região Metropolitana), quatro de Contagem (Região Metropolitana), entre outras escolas distribuídas em mais de 60 cidades mineiras.
"As escolas com suspeita ou contaminação confirmada de COVID já são de conhecimento do governo. Também apresentei a relação na reunião do Assembleia Fiscaliza sobre educação", acrescentou a deputada.
O que diz o governo de Minas
De acordo com a SEE, Minas Gerais possui 3.500 escolas estaduais e, dessas, 49 estão, atualmente, estão com as aulas presenciais suspensas temporariamente em razão de casos de COVID-19 suspeitos ou comprovados.
Ainda segundo a pasta, ''esse número representa 2% do total de escolas da rede estadual de ensino. Para os alunos dessas instituições, as atividades são realizadas pelo regime remoto, durante o período de suspensão, para que não haja prejuízo ao aprendizado.''
"O protocolo determina o monitoramento de casos suspeitos de COVID-19 e orienta que servidores ou estudantes que apresentarem sintomas da doença comuniquem a situação à direção da escola, sendo imediatamente afastados das atividades presenciais. O protocolo também prevê a suspensão por 14 dias das atividades presenciais quando há mais de um caso suspeito e com diagnóstico confirmado de COVID-19 em uma mesma turma, turno ou escola, sendo analisada cada situação de forma específica, migrando o atendimento aos alunos para o regime remoto em todos os casos necessários", informou.