Jornal Estado de Minas

PREOCUPAÇÃO

Enquanto o Rio enfrenta surto de gripe, casos também avançam em BH


O aumento das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), em meio à pandemia de COVID-19, tem preocupado as autoridades da área da saúde. No Rio de Janeiro (RJ), pacientes lotam os postos, com surto da gripe provocada pelo vírus influenza. 





Boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta semana, sinaliza elevação dos casos de SRAG em 13 estados. Minas Gerais não é citado na lista, mas Belo Horizonte teve acréscimo notório na comparação com o ano passado.

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Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, negou que haja surto de síndrome gripal H1N1 na capital.

A pasta informou que em 2020 foram diagnosticados 94.584 casos de gripe, provocada por Influenza e com outras manifestações respiratórias por vírus não identificado. Neste ano, os dados mais recentes apurados até 4 de novembro mostram que o número de diagnósticos pulou para 123.084.



Os casos de pneumonia viral – provocados por adenovírus, Influenza, parainfluenza e outras origens não especificadas – também cresceram. Foram detectadas 1.265 ocorrências de janeiro a 4 de novembro último, quando nesse mesmo período do ano passado havia 1.027 registros.

Estados mais afetados

Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, 13 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG: Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.

Os números estão associados ao aumento de casos de síndrome gripal provocada pelo vírus Influenza A (gripe). Na população com 30 anos ou mais, o crescimento é relativamente pequeno. Os mais afetados, até então, são as crianças, adolescentes e jovens adultos (na faixa dos 20 aos 29 anos).





O que diz o especialista

Segundo o médico infectologista Unaí Tupinambás, integrante do Comitê COVID-19 da prefeitura de BH, o avanço dos casos em BH não revela situação inusitada.

“Esses surtos de gripe que estamos vivendo em algumas cidades eram mais ou menos esperados se considerarmos que em 2020 as pessoas ficaram muito mais isoladas do que agora”, observa.

Com a maior circulação das pessoas, consequentemente aumenta a interação humana e,
portanto, há mais chance de circularem outros vírus respiratórios. O retorno das aulas presenciais é outro fator de disseminação da síndrome gripal.

Vacina e máscara

O infectologista recomenda que o uso de máscara de proteção facial seja mantido e que as pessoas não relaxem nos cuidados contra as síndromes respiratórias. Ele ressalta também que há vacina disponível para toda a população.

De acordo com a prefeitura, a cobertura vacinal contra a gripe está em 62%. Desde 19 de julho último, a vacina passou a ser aplicada na população em geral, a partir dos 6 meses de idade.




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