Jornal Estado de Minas

'DITADURA DA MEDICINA'

Kalil sobre condução da pandemia em BH: 'Seguimos cegamente a ciência'

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, na noite deste domingo (5/12), que existiu uma espécie de "ditadura da medicina" durante seu governo, classificado como o mais rigoroso do Brasil na condução da pandemia do novo coronavírus. 





O mandatário, contudo, avalia como acertada sua decisão de se alinhar a médicos e cientistas, que o orientaram a tomar medidas impopulares como o fechamento do comércio ainda em meados de março, antes de todas as outras capitais do país, além de manter as escolas fechadas pelo longo período de 18 meses. 

"Existe sim uma ditadura da medicina. Existiu essa ditadura sim. Num determinado momento, era realmente o que eu acreditei. E, hoje, a gente sabe que estava certo. Mas, na época, nós não sabíamos, era uma loteria absoluta. Quem fala que sabia, não fala a verdade. Então tomamos o rumo absoluto da ciência", disse Kalil em entrevista à GloboNews.

O chefe do Executivo Municipal, no entanto, ponderou que o Comitê Municipal de Enfrentamento à COVID-19, a quem ouve antes de tomar decisões, não é formado apenas por cientistas. O grupo, ressaltou Kalil, inclui também outros representantes do poder público, que o teriam ajudado a "medir a água e o fubá". 

"Dentro desse comitê, eu tive o secretário de planejamento, eu tinha Secretaria de Política Urbana, eu tinha a Segurança Pública e o próprio prefeito, que procurou medir a água e o fubá, como se diz aqui em Minas. Então, na verdade, existem dois momentos. Um momento fundamental, que foi: nós seguimos cegamente a ciência, abraçada com a virologia, que deu muito resultado. E, depois, nós entramos com um contraponto", afirmou o prefeito.




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