Mais municípios mineiros decidiram cancelar o carnaval em 2022. Desta vez, as 22 cidades da AMEG (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande) anunciaram nesta quarta-feira (8/12) que optaram, por unanimidade, pela suspensão da folia no próximo ano em razão da pandemia da COVID-19. A autorização ou não de festas particulares será decidida por cada administração municipal.
"Há a informação de uma nova variante denominada Ômicron da COVID-19, de origem na África do Sul, mais agressiva e com mais poder de contágio. Além disso, mesmo com o avançar da vacinação e números de contágio e internações menos graves, podemos ter uma nova onda, em especial pela presença dessa variante ou de outras", afirma Filipe Carielo, presidente eleito da AMEG, cuja posse ocorre em 2022.
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- Alpinópolis
- Capitólio
- Capetinga
- Cássia
- Carmo do Rio Claro
- Claraval
- Delfinópolis
- Doresópolis
- Fortaleza de Minas
- Guapé
- Ibiraci
- Itaú de Minas
- Passos
- Pimenta
- Piumhi
- Pratápolis
- São João Batista do Glória
- São José da Barra
- São Roque de Minas
- São Sebastião do Paraíso
- São Tomás de Aquino
- Vargem Bonita
No momento correto
Além da questão sanitária, a burocracia seria um obstáculo para a realização do carnaval em um cenário ainda de incertezas. As prefeituras teriam que ter tempo para se planejar e realizar licitações e contratações com antecedência.
“Quando chegarmos ao fim da pandemia, cada prefeitura terá tempo, ao longo do ano, para realizar festividades em seu município de acordo com a demanda de cada um. Entretanto, em fevereiro ainda seria muito arriscado e temeroso organizar uma festa tão grande como carnaval", afirma Filipe Carielo.
"Os prefeitos hoje estão preocupados em proteger seus cidadãos e resolver o problema da enorme desigualdade social agravada pela pandemia. São inúmeros desafios a serem superados nesse momento, como a crise de desabastecimento que eleva os preços e dificulta a compra de bens e serviços dos mais diversos”, complementa o presidente eleito da AMEG.
Segundo a associação, prefeitos da região chegaram a fazer consultas populares e a grande maioria entendeu que não é o momento de festa e que os recursos do carnaval deveriam ser aplicados em áreas como assistência social, saúde e educação.