Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Corpo de mulher morta após fazer cirurgia plástica em BH é exumado

O corpo de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39 anos, que morreu na terça-feira (7/12), após fazer uma abdominoplastia e lipoaspiração em uma clínica de Belo Horizonte, foi exumado nesta quinta-feira (9/12).





 

 


A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que o procedimento "requerido como medida cautelar pela autoridade policial que preside o Inquérito Policial, integra as atividades de polícia judiciária em andamento."
 
 

O órgão, porém, não divulgou nenhum outro detalhe da investigação.
 

Apuração da morte 


Além da Polícia Civil, o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) também investiga a morte de Lidiane. 

As cirurgias ocorreram na manhã de segunda-feira (6/12). Lidiane estava acompanhada da irmã. Segundo o marido, de 36 anos, ele deixou a mulher no Instituto Mineiro de Obesidade por volta das 7h20. 





A operação começou às 8h30 e terminou às 13h. Em seguida, a mulher foi encaminhada para o quarto e começou a se queixar de dores e falta de ar. Lidiane foi medicada várias vezes, segundo o Boletim de Ocorrência, mas em determinado momento, avisou a irmã que estava com dificuldade de respirar.

A irmã, então, acionou o botão de emergência do quarto e saiu para chamar socorro. Quando voltou, a mulher já estava desacordada. A equipe tentou fazer massagens para reanimá-la, e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Quando a ambulância chegou, Lidiane foi intubada e levada para o Hospital Vera Cruz, já que a clínica não tinha Centro de Terapia Intensiva (CTI). No local, o procedimento de reanimação continuou, mas sem sucesso. Ela deu entrada às 20h25 e morreu às 1h20, de embolia pulmonar.





À polícia, o médico responsável pela cirurgia, afirmou não ser funcionário da clínica e só utilizar o espaço. Segundo o BO, ele disse que a operação transcorreu bem, começando às 8h30 e terminando 13h. A mulher foi levada para o quarto e ficou sob os cuidados da clínica, que possui médicos, enfermeiros e suporte básico.
 
Lidiane era funcionária da Prefeitura de Brumadinho. Ela atuava como agente operacional e fazia parte da equipe de higienização do Complexo Hospitalar Valdemar de Assis Barcelos.

A operação foi paga com um valor de entrada e o restante após o procedimento, que custou R$ 20.500 no total.
 
Ela foi enterrada na quarta-feira (8/12), no Cemitério das Aranhas, em Brumadinho.
 
*Estagiária sob supervisão  do subeditor João Renato Faria