Jornal Estado de Minas

COVID-19

'Ômicron não deve ter impacto significativo na cidade', diz Jackson Machado



O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, disse em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10/12) que, com a chegada da variante ômicron ao país, os cuidados básicos sanitários devem continuar sendo tomados. “Isso não significa que vamos relaxar”, reiterou.



Machado acredita que a nova cepa "não deve ter impacto significativo na cidade” devido ao número de vacinados na capital. 

Durante a noite de quinta (09) para sexta (10), o aplicativo ConecteSUS e o site do Ministério da Saúde ficaram fora do ar após ataque hacker. O secretário tranquilizou a população e afirmou que todos os dados dos vacinados estão salvos e disponíveis caso o governo federal precise recadastrar.

“A secretaria pensou na possibilidade de criar um aplicativo municipal onde o belo-horizontino possa acessar seus dados da vacina, já que todos os dados de vacinação de BH estão salvos”, disse ele.

A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou o número atualizado da pandemia, circulação do vírus e vacinação na capital mineira. Até o momento, 99,7% da população belo-horizontina recebeu, ao menos, a primeira dose do imunizante contra a COVID-19.

Quanto à segunda dose, 86,4% da população está vacinada com os dois ciclos. O percentual aumentou após a prefeitura fazer levantamento e detectar que algumas pessoas haviam se imunizado em outras cidades.

Segundo Jackson, a faixa da população com menor índice de vacinação é homens negros com idade entre 40 e 49 anos. A prefeitura pretende identificar a região que o grupo se encontra e, quando identificados, colocar agentes de saúde atrás deles ou uma equipe volante para vaciná-los.



De acordo com o secretário municipal de Saúde, o avanço da vacinação “justifica o fato de BH receber festas e jogos com público”. Ao tratar do carnaval, sua resposta foi inconclusiva: “a recomendação da secretaria de saúde é que não aconteçam aglomerações na cidade”, afirmou se referindo, inclusive, a festas de final de ano.

A taxa de ocupação de leitos em hospitais está estável em Belo Horizonte e a variante não foi detectada na cidade, o que pode significar um certo "suspiro" para a população. Porém, a Secretaria enfatiza que o quadro ainda é pandêmico e, sem os devidos cuidados, o cenário pode se agravar novamente. Para as festas de fim de ano, a recomendação é a mesma: evitar aglomerações, utilizar máscaras e higienizar as mãos com álcool em gel. 

Dose de reforço 


Sobre a terceira dose, Jackson Machado afirmou que a previsão é que ela seja aplicada em todos os belo-horizontinos acima dos 12 anos após cinco meses da aplicação da segunda dose. “Vamos parar de chamar pessoas por idade agora e vamos começar a chamar por tempo de dose.



O secretário informou que Belo Horizonte não possui doses suficientes de Janssen para aplicar o reforço do imunizante. Na capital mineira, mais de 60 mil pessoas foram vacinadas com a vacina, que é dose única, mas o Ministério da Saúde recomenda que seja aplicada uma dose de reforço desse imunizante.

“Os estudos mostram que uma dose da Janssen traz proteção adequada por tempo limitado, depois cai. Foi recomendada uma segunda dose. Hoje nós não temos doses da Janssen, mas sei que o Estado recebeu doses da Janssen, não fomos informados quantas doses serão disponibilizadas, precisaremos de 61 mil doses. Nossa expectativa é de que essas doses sejam disponibilizadas. É possível fazer essa vacinação com muita rapidez caso cheguem.”, explicou o secretário.


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