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Estado de Minas DE MUDANÇA

Minas tem aumento de 83% na validação de documentos para morar no exterior

Pandemia e crise econômica aceleraram busca pelo serviço de validação de documentos para uso no exterior


13/12/2021 21:55 - atualizado 13/12/2021 22:42

Passaporte comum eletronico brasileiro
Em 2020, os documentos apostilados referentes a quem desejava estudar ou tirar dupla cidadania representavam 56% do total de atos praticados, enquanto em 2021 já representam 71% das solicitações (foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)
                                       
Mais mineiros estão tentando a vida fora do território nacional. É o que aponta os dados do Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), entidade que reúne os Cartórios de Notas do país e administra a plataforma de apostilamentos, serviço de validação de documentos escolares e de dupla cidadania feitos em cartórios. Segundo os números, somente no segundo semestre de 2021, houve um aumento em 83% nos atos de apostilamentos.

De acordo com os índices, entre junho e novembro deste ano, foram realizados mais de 31 mil apostilamentos em Minas Gerais, enquanto no mesmo período do ano passado foram validados 17 mil documentos. Quando observados apenas os dados referentes a solicitações de vistos para estudos ou abertura de processos de dupla cidadania, o crescimento foi de 131%, passando de 9.702 mil no segundo semestre do ano passado, para 22,4 mil no mesmo período de 2021. 

Em 2020, os documentos apostilados referentes a quem desejava estudar ou tirar dupla cidadania representavam 56% do total de atos praticados, enquanto em 2021 já representam 71% das solicitações.

Para o presidente do Colégio Notarial do Brasil - Seção Minas Gerais (CNB/MG), Vitor de Mello e Moraes, os números refletem o movimento emigratório de brasileiros devido à reabertura das fronteiras internacionais. "O apostilamento desses documentos reforça a tendência de os brasileiros buscarem novas oportunidades e estilos de vida fora do país, além de ser também uma amostra de como a certificação de documentos se tornou mais fácil e ágil a partir do momento que passou a ser feita pelos cartórios", disse.

A produtora audiovisual Helena Andrade Corrêa, de 29 anos, se mudou há três meses para o Canadá com o marido, Leandro Cardoso. Eles fazem parte deste grupo que se arriscaram em uma nova vida, em busca de novas oportunidades.

“Eu sempre tive vontade de morar fora. Já morei na Itália por sete meses para estudar. E meu marido também tinha essa vontade. Ele correu atrás de um mestrado e conseguiu uma bolsa nos EUA. Estudou lá por dois anos e seguimos namorando à distância. No fim do mestrado dele, ele aplicou para programas de doutorado, e já estávamos planejando ir para os EUA. Ele aplicou para diversas faculdades nos EUA e uma no Canadá. Quando soubemos que ele foi aprovado na universidade do Canadá, achamos que seria a melhor opção, já que eu poderia trabalhar enquanto ele estudava. Então nos, e fomos juntos. Eu com o visto de trabalho, que consegui em setembro. Não foi uma decisão fácil. Mas, valeu a pena.”

Dados do Ministério das Relações Exteriores já mostravam um aumento de quase 20% no número de brasileiros vivendo no exterior em comparação com 2018, isso sem se computar o número daqueles que vivem ilegalmente. Ainda segundo a pasta, 4,2 milhões de brasileiros moram atualmente longe do país.

O apostilamento, realizado em cartórios de todo o país, é utilizado para autenticar e permitir o reconhecimento mútuo de documentos brasileiros em outros 118 países. Entre os documentos mais comuns de serem apostilados estão as certidões de nascimento, casamento e óbito, as escrituras de divórcio, inventário, compra e venda e união estável, procurações, testamentos, diplomas, históricos e certificados escolares. 


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