O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, disse nesta sexta-feira (17/12) que três casos de infecção pela variante ômicron do coronavírus foram confirmados na cidade.
O secretário esteve ao lado do prefeito Alexandre Kalil (PSD) em um evento para apresentar um balanço do trabalho da rede de saúde durante a pandemia de COVID-19 e as perspectivas do setor na capital.
Segundo Jackson, um casal veio da África do Sul e uma pessoa veio de Moçambique.
"Não temos circulação comunitária em Belo Horizonte, os casos vieram de fora. Mas acredito que seja uma questão de tempo. Inevitavelmente isso vai acontecer", apontou.
"O que a gente não sabe é que caso aconteça uma disseminação dessa cepa, como vai ser o comportamento dela enfrentando uma população tão vacinada como é hoje a população de Belo Horizonte", complementou.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde e aguarda posicionamento.
Relembre Uma mulher de 33 anos, que chegou da República do Congo, foi internada no Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira, em 29 de novembro com a suspeita da doença. Mas, em 3 de dezembro, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o exame de sequenciamento genético realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) descartou a infecção por variante ômicron.
O secretário esteve ao lado do prefeito Alexandre Kalil (PSD) em um evento para apresentar um balanço do trabalho da rede de saúde durante a pandemia de COVID-19 e as perspectivas do setor na capital.
Segundo Jackson, um casal veio da África do Sul e uma pessoa veio de Moçambique.
"Não temos circulação comunitária em Belo Horizonte, os casos vieram de fora. Mas acredito que seja uma questão de tempo. Inevitavelmente isso vai acontecer", apontou.
"O que a gente não sabe é que caso aconteça uma disseminação dessa cepa, como vai ser o comportamento dela enfrentando uma população tão vacinada como é hoje a população de Belo Horizonte", complementou.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde e aguarda posicionamento.
Relembre Uma mulher de 33 anos, que chegou da República do Congo, foi internada no Hospital Eduardo de Menezes, na capital mineira, em 29 de novembro com a suspeita da doença. Mas, em 3 de dezembro, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o exame de sequenciamento genético realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) descartou a infecção por variante ômicron.
Monitoramento
O monitoramento em tempo real das variantes em circulação no estado é realizado pela SES-MG, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O monitoramento do Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) é feito a partir da amostragem aleatória realizada em 10 Unidades Regionais de Saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro.
Adicionalmente, estão sendo gerados dados referentes às demais regionais, pelo setor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do Grupo Pardini, os quais estão sendo notificados à SES-MG e incluídos no OviGen-MG.
Além desta abordagem, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas) solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes a partir de indicadores epidemiológicos.
Ômicron
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o risco global relacionado à variante Ômicron do coronavírus é "muito alto", dadas as possibilidades de que a cepa escape à proteção das vacinas disponíveis e tenha "vantagens" na transmissibilidade. "Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros de COVID-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo os lugares onde esses picos podem ocorrer", explicou a entidade, em relatório técnico.
A OMS ressaltou que a cepa, caracterizada como "variante de preocupação", tem até 36 mutações na proteína S ("spike" ou espícula), usada pelo vírus como veículo de ligação com as células humanas. Segundo a Organização, essa característica é "preocupante" porque tem potencial de reduzir a eficácia dos imunizantes.
O órgão sanitário, contudo, destaca que ainda há incertezas em relação à efetividade das vacinas, o nível de transmissibilidade da variante e a capacidade dela de causar casos graves da COVID-19. "O uso de máscaras, distanciamento físico, ventilação do espaço interno, prevenção de multidão e higiene das mãos continuam fundamentais para reduzir a transmissão do SARS CoV-2, mesmo com o surgimento da variante Ômicron", reitera.
A OMS incentiva a comunidade internacional a acelerar a campanha de vacinação, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, e preparem os sistemas de saúde.