O prefeito Alexandre Kalil e o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado Pinto, apresentaram, nesta sexta-feira (17/12) um balanço do trabalho da rede de saúde durante a pandemia de COVID-19 e as perspectivas do setor na capital.
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"Se não fosse esse trabalho, Belo Horizonte não seria o que é com o sucesso que teve na pandemia", elogiou o secretário, emocionado ao entregar uma placa de homenagem aos infectologistas Estevão Urbano, Unaí Tupinambás, Carlos Starling e ao secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Abreu Reis.
O prefeito Alexandre Kalil também agradeceu aos profissionais de saúde de BH pelo trabalho feito durante a pandemia.
“Cumprimento a todos. A equipe é realmente espetacular. Deixo aqui a minha gratidão pessoal a mais de 20 mil funcionários que formam a rede mais robusta do SUS do Brasil.”
Kalil lembrou também dos desafios enfrentados neste período.
“Pela vida dos meus filhos, chorei também. Perguntei várias vezes para Deus: por que eu? Por que ele fez isso comigo? Eu não sabia que na tragédia que a gente tem pulso, liderança... Passei por crise, futebol... mas ter que tomar conta de tanta gente desprotegida... Vocês fizeram quase caridade para esse povo abandonado”, completou.
Em seguida, representantes da gestão de diversos setores da saúde municipal compartilharam os difíceis momentos enfrentados durante os mais críticos momentos da pandemia, relembrando a falta de leitos e a dificuldade da medicina em aprender a lidar com um novo vírus e uma nova doença.
Mortes evitadas e apoio do governo estadual
Jackson Machado destacou o trabalho feito pelos profissionais de saúde da capital. Belo Horizonte foi a melhor entre as 14 capitais do Brasil nos indicadores de mortalidade por COVID-19, segundo estudo do Imperial College de Londres, em 2021
"Se as capitais avaliadas tivessem o mesmo desempenho de BH, cerca de 328 mil mortes teriam sido evitadas no país”, lembrou.
O secretário ressaltou ainda que Belo Horizonte é a capital que mais investe em ações e serviços públicos de saúde no país. Em 2020, a despesa total com saúde, sob responsabilidade do município de Belo Horizonte alcançou R$ 1.848,02 por habitante.
Outro ponto destacado por ele foi a falta de apoio do governo do estado para a capital, no combate à pandemia.
“BH merece apoio do governo estadual que, até agora, se mostrou pouco eficiente.”
Segundo dados apresentados por ele, 49% das internações nos hospitais de Belo Horizonte são de pacientes que moram em outros municípios. Já 22% das internações de Minas Gerais acontecem nos hospitais da capital. Além disso, em 2020, foram 240.484 internações em toda a rede SUS-BH, sendo 89% de urgência.
Cobertura vacinal e preocupação com outras doenças
Durante a apresentação dos números de trabalho ao longo da pandemia, um deles foi motivo de festa com a plateia que se dedicou aos aplausos: BH tem 99,7% vacinados com a primeira dose e 86,4% vacinados com segunda dose ou dose única.
Apesar das notícias positivas em relação à COVID-19, o secretário demonstrou preocupação com outras doenças. "A gente está com medo de, em breve, ter uma epidemia de dengue”, frisou.
Ele lembrou ainda que a pandemia continua. “Os desafios que nós temos daqui pra frente são muito grandes, mas com essa equipe campeã, estamos vencendo. Não vencemos ainda, a pandemia não acabou. Não sabemos como vai ser com a Ômicron. Se ela chegar, esperamos que a população vacinada vá rir dela. Nós todos unidos vamos conseguir.”
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria