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Estado de Minas FEIRA HIPPIE

Vendas no domingo pré-Natal animam expositores em Belo Horizonte

Expositores da Feira Hippie estão animados com o movimento e as vendas. Consumidores aproveitam promoções e conhecem novidades para presentear


19/12/2021 11:55 - atualizado 19/12/2021 14:48

Movimento na Feira Hippie
(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Neste último domingo antes do Natal, os expositores da Feira de Artes, Artesanato e Variedades, conhecida como Feira Hippie, em Belo Horizonte, estão animados com o movimento e as vendas. Com a chuva dando uma trégua e poucos dias para a compra dos presentes, o fluxo na manhã deste domingo (19/12) esteve bem melhor do que na semana passada, compara Rafael Mendonça, da comissão paritária de gestão da feira e há mais de 20 anos no setor de couros.

Rafael Mendonça
Rafael Mendonça, da comissão paritária de gestão da feira, disse que o movimento de hoje está bem melhor do que na semana passada (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
"Hoje a movimentação começou mais cedo. Às 7h30, já tinha muita gente, ao contrário da semana passada, onde ficou assim lá pelas 9h", disse Rafael. Ele diz que tem vendido, em média, R$ 250 por pessoa, e confia no domingo que vem. "Aí será a vez dos 'presentes atrasados'. A feira não para."

Claudia Beckler
Há 34 anos na feira, Claudia Beckler disse que o movimento melhorou (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


SÓ NO BRILHO


"Mulher adora bijuteria. Já comprei brinco para minha mãe, minhas irmãs, enfim, tem para todo mundo. Vou aproveitar a promoção", brincou a auxiliar de escritório, Wanderléa Mota, diante das ofertas da Blue Artes, de Cláudia Beckler. Há 34 anos na feira, Cláudia disse que "o movimento melhorou, graças a Deus" e que as promoções de brincos, de três por R$ 25, animam os consumidores.

Patrícia Andrade ao lado mãe Maria Raimunda Andrade.
Boneca vendida por Patrícia Andrade, ao lado mãe, Maria Raimunda Andrade, vai chegar à França (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


CHEIRO DE CHICLETES


Novidades a exemplo da boneca com cheiro de chicletes também atraem a clientela, disse Patrícia Andrade, ao lado mãe e dona da barraca das bonecas "Ray ", Maria Raimunda Andrade. Satisfeita com a vendas, embora com resultado bem distante dos tempos pré-pandemia, Patrícia, por volta das 9h30, já tinha vendido a metade do seu estoque ou 40 brinquedos. "Essas bonecas vão a lugares que não irei. Hoje, por exemplo, vendi para uma pessoa da França", contou a vendedora bem-humorada explicando que o cheiro de chicletes vem de uma essência especial.

Dardânia Carvalho de Almeida
Dardânia garante que o vestido vermelho com babados é o campeão de vendas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
No setor de roupas para meninas, Dardânia Carvalho de Almeida, há 18 anos na feira, se mostrava feliz com o domingo pré-Natal. "O vestido vermelho com babados é o campeão de vendas", apontou. O casal Eduardo Augusto e Natália Camargo veio de Contagem, na Grande BH, com a filha Giovanna, de 6 anos. "Os preços aqui estão bons. Estamos escolhendo o vestido da Giovanna para o Natal", disse a mamãe. Risonha, a garota acrescentou: "O presente de Papai Noel ainda vem aí."

Nathalia Camargos e Eduardo Augusto com a filha Geovanna
Nathalia Camargos e Eduardo Augusto com a filha Geovanna (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


FLUXO

Com cerca de 1,8 mil expositores, divisão por setores e localizada entre a Praça Sete e a Rua dos Guajajaras, no Centro de BH, a Feira de Artesanato recebia, em média, antes da pandemia, cerca de 80 mil pessoas a cada domingo.

Em 2021, a feira completa 30 anos na Avenida Afonso Pena. Mas tudo começou na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Foi em 1969, que entrou em cena, de maneira informal, a Feira Hippie instalada diante do Palácio da Liberdade, então sede do governo estadual.

Dois anos depois (1971), a feira atraiu a atenção do governador Israel Pinheiro (1896-1973), que decidiu visitá-la e conhecer pintores e expositores. Após o encontro, o governador teve a ideia de transformar em permanente o evento esporádico – assim, em 1973, foi oficializada por decreto municipal e a Prefeitura de Belo Horizonte assumiu a organização a fim de fomentar o turismo, tornando a feira semanal.

Em 1991, com a restauração da Praça da Liberdade, a feira foi transferida para a Avenida Afonso Pena, e em 1993, chegaram as barracas coloridas para delimitar os setores. Já em 2009, houve uma tentativa para levar a feira para o Barro Preto, com novo leiaute, mas a ideia não vingou.


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