Funcionários do metrô de Belo Horizonte pretendem cruzar os braços a partir de 0h de quinta-feira (23/12). A decisão foi tomada pela categoria neste domingo (19), durante assembleia do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), na Estação Central, na Praça da Estação, no Centro da capital. A impossibilidade de transferência dos profissionais a outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo controle dos modais, motiva a paralisação, sem data para terminar.
A resolução que proíbe as mudanças de local de trabalho foi publicada na segunda (13) pelo Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, responsável por tocar o processo de desestatização do trem urbano belo-horizontino.
Segundo o Sindimetro-MG, dias depois, foi publicada portaria interna da CBTU, retroativa à resolução da União, permitindo que funcionários da alta cúpula em BH fossem realocados em Brasília.
"A gente quer o direito de ser transferido de unidade para todos os trabalhadores", disse, ao Estado de Minas, o metroviário Pablo Henrique, diretor de Comunicação do sindicato.
O dirigente afirmou que em uma audiência mediada pela Justiça, as partes acertaram enviar as reivindicações trabalhistas ao governo em janeiro. A portaria que beneficia ocupantes de cargos de confiança, porém, foi mal vista pelos trabalhadores. O sindicato pretende ir à Justiça contra a articulação da CBTU.
"Está todo mundo na incerteza. Achamos um deboche termos uma audiência na Justiça no dia 15, a empresa não falar nada, e sermos surpreendidos com uma portaria que o sindicato tomou conhecimento ontem pela manhã", ressaltou.
A assembleia deste domingo foi convocada em caráter de urgência pelo Sindimetro. "Não temos nada contra a cessão de empregados à administração central. O que queremos, e vamos 'fincar o pé' até conseguir, é que todos tenham o mesmo direito", explicou Romeu Machado, presidente da entidade classista.
"O que está em risco agora não é salário, benefício ou direito. É emprego. Não podemos admitir isso", falou ele, afirmando que a resolução interna da CBTU fere o acordo coletivo que rege o expediente dos metroviários.
Procurada, a equipe de comunicação da CBTU-BH afirmou ainda não ter posicionamento da empresa sobre a greve deflagrada pelos funcionários. Este texto será atualizado tão logo haja comunicado oficial.
O edital para concretizar a entrega dos trens à iniciativa privada deverá ser publicado em março do próximo ano. Atualmente, o metrô liga o Eldorado, em Contagem, à Venda Nova. A ideia é construir um segundo itinerário, do Barreiro ao Calafate, na Região Oeste.
A resolução que proíbe as mudanças de local de trabalho foi publicada na segunda (13) pelo Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, responsável por tocar o processo de desestatização do trem urbano belo-horizontino.
Segundo o Sindimetro-MG, dias depois, foi publicada portaria interna da CBTU, retroativa à resolução da União, permitindo que funcionários da alta cúpula em BH fossem realocados em Brasília.
"A gente quer o direito de ser transferido de unidade para todos os trabalhadores", disse, ao Estado de Minas, o metroviário Pablo Henrique, diretor de Comunicação do sindicato.
O dirigente afirmou que em uma audiência mediada pela Justiça, as partes acertaram enviar as reivindicações trabalhistas ao governo em janeiro. A portaria que beneficia ocupantes de cargos de confiança, porém, foi mal vista pelos trabalhadores. O sindicato pretende ir à Justiça contra a articulação da CBTU.
"Está todo mundo na incerteza. Achamos um deboche termos uma audiência na Justiça no dia 15, a empresa não falar nada, e sermos surpreendidos com uma portaria que o sindicato tomou conhecimento ontem pela manhã", ressaltou.
A assembleia deste domingo foi convocada em caráter de urgência pelo Sindimetro. "Não temos nada contra a cessão de empregados à administração central. O que queremos, e vamos 'fincar o pé' até conseguir, é que todos tenham o mesmo direito", explicou Romeu Machado, presidente da entidade classista.
"O que está em risco agora não é salário, benefício ou direito. É emprego. Não podemos admitir isso", falou ele, afirmando que a resolução interna da CBTU fere o acordo coletivo que rege o expediente dos metroviários.
Procurada, a equipe de comunicação da CBTU-BH afirmou ainda não ter posicionamento da empresa sobre a greve deflagrada pelos funcionários. Este texto será atualizado tão logo haja comunicado oficial.
Bolsonaro sancionou privatização
Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Belo Horizonte para sancionar a privatização do metrô. A venda é acompanhada por aporte de R$ 2,8 bilhões para melhorias na estrutura. O governo estadual vai disponibilizar R$ 400 milhões.O edital para concretizar a entrega dos trens à iniciativa privada deverá ser publicado em março do próximo ano. Atualmente, o metrô liga o Eldorado, em Contagem, à Venda Nova. A ideia é construir um segundo itinerário, do Barreiro ao Calafate, na Região Oeste.