A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu a investigação e indiciou um ex-prefeito, quatro secretários e outras 11 pessoas no município de Brasília de Minas, Região Norte do estado. Eles vão responder por organização de desvios de recursos públicos, além de corrupção ativa e passiva, por meio de fraudes fiscais.
Na investigação, foi constatado que o esquema envolvia a contratação de veículos através de uma cooperativa com desvio de recursos por meio de falsificação de notas fiscais.
Os policiais comprovaram que uma obra que deveria ser concluída em apenas um dia, muitas das vezes tinha o seu prazo estendido por semanas, aumentando os custos. Além disso, foi apurado que alguns serviços eram prestados por partes e outros nem mesmo eram prestados pela empresa.
"Serviços prestados por veículos do município eram registrados como se fossem feitos pela instituição privada, com emissão de notas de faturamento emitidas em favor da instituição privada, gerando pagamento indevido para a cooperativa", explicou o delegado Flávio Cavalcanti.
O delegado acredita que as fraudes podem somar mais de R$ 1,2 milhões no período investigado. Cavalcanti destaca que a movimentação financeira do chefe do executivo também foi investigada.
De acordo com as informações, em um ano de mandato, o prefeito fez a compra de oito lotes à vista em valores que chegam a quase R$ 320 mil. Também foi constatado que, como prefeito, seu salário era pouco mais de R$ 120 mil, ultrapassando a renda prevista para a atividade desempenhada.
Além do chefe do executivo, seus secretários e funcionários municipais, também participavam do esquema empresários contratados pela prefeitura.
As investigações continuam em busca de outros crimes relacionados.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais