Um conferente de transportadora, Clóvis Juliano da Silva, foi morto ao intervir em uma briga que ocorria numa rua do Bairro São João, em Pouso Alegre, na madrugada de domingo (19/12). Segundo parentes da vítima, Juliano estava em uma confraternização entre amigos e parentes, quando percebeu que meninas adolescentes começaram a brigar na rua.
De acordo com familiares, a confusão teria começado por ciúmes de uma das adolescentes que passava com o namorado.
Diante do tumulto, Juliano teria saído para apartar a confusão. Naquele momento, ele teria acertado o rapaz, que o ameaçou de morte. Cerca de 30 minutos depois, o suposto namorado de uma das jovens retornou ao local e disparou quatro vezes contra Juliano. O conferente de transportadora morreu no local, nos braços do irmão que tentou socorrê-lo.
Segundo testemunhas, a Polícia Militar foi acionada antes de o rapaz ser baleado, ainda durante a confusão. Porém, a viatura não foi ao local naquele momento, chegando após o desfecho trágico da briga de rua. A Polícia Militar informou que durante a confusão, o autor do crime invadiu o quintal da casa onde Juliano estava. Ele atirou e fugiu em um Celta, que foi encontrado abandonado no Bairro São Geraldo, ainda no domingo.
Quem era Juliano?
Juliano era conferente em uma transportadora. Pessoas próximas a ele, o descreveram como um homem alegre, caridoso, de muitas amizades, querido na comunidade. Uma das características apontadas por pessoas que conviviam com ele era que Juliano sempre teve o coração disposto a ajudar. Esse aspecto o fazia defender inclusive crianças e mulheres de injustiças.
A família está transtornada com o assassinato. Colegas de trabalho por onde ele estava e já passou, familiares e amigos manifestaram o carinho por ele em redes sociais. No velório e enterro estavam pessoas de outros municípios, que prestaram a última homenagem ao familiar e amigo. Apesar de não ter filhos, Juliano convivia com frequência com os sobrinhos, que agora chamam pelo tio, sem entender o que aconteceu. A família exige justiça.
* Essa matéria foi atualizada. Diferente da versão anterior, a vítima interveio em briga na rua, não especificamente em briga de casal.