Após ficar cerca de um ano e nove meses com restrições, o Museu dos Dinossauros de Peirópolis voltou a funcionar de forma completa. Desde sexta-feira (17/12), também passou a ser liberada a parte interna do museu, que estava fechada há quase 20 meses, no início da pandemia.
O museu, que conta em toda a área com cerca de 3 mil exemplares de fósseis de dinossauro de cerca de 15 espécies, funciona de terça-feira a domingo, inclusive feriados, das 8 às 17h, com entrada franca. Às segundas-feiras, o museu é fechado para manutenção e limpeza.
Atualmente, o Museu dos Dinossauros é composto por quatro áreas de visitação: o jardim com exposição de réplicas a céu aberto; a antiga estação de trem; o prédio administrativo que abriga mais uma parte da exposição; e o anfiteatro.
Segundo informações do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis (CCCP), o Museu dos Dinossauros sempre recebeu manutenção durante a pandemia, sendo que apenas restringiu a entrada dos visitantes nos ambientes cobertos, em atendimento aos decretos municipais de enfrentamento à COVID-19, vigentes.
“Os colaboradores estão trabalhando o tempo todo e mantendo os espaços a céu aberto disponíveis 24 horas por dia aos visitantes em todo esse período para passeios e piqueniques", inicia o CCCP.
"A volta dos visitantes aos ambientes internos já estava sendo pensada e organizada desde a restrição em março de 2020 e, para isso, era necessário que várias demandas fossem atendidas simultaneamente”, complementa.
A diretora do complexo, Stela Mariana de Morais, reforça que, agora, na antiga estação de trem poderão entrar até 12 pessoas por vez, respeitando o distanciamento entre elas. Já no prédio administrativo, ainda segundo Stela, poderá ter um total de 40 pessoas, contando os colaboradores em serviço.
“O uso de máscara é obrigatório em todas as áreas. Haverá disponibilização de álcool 70% nas portarias e banheiros, sinalização de fluxo de entrada e saída, e sinalização do distanciamento entre as pessoas ou grupo de pessoas no caso de serem familiares que chegam acompanhados", ressalta Stela.
"Vale destacar que essa sinalização de distanciamento foi pensada na biossegurança e também nos pontos em que as pessoas permanecem mais tempo para tirar fotos ou até observar as peças da exposição”, complementa.
Readequações e atividades do museu na pandemia
A necessidade de adequação à nova realidade da pandemia, ainda conforme Stela, tirou do papel vários projetos do CCCP como, por exemplo, o tour virtual, que atendeu mais de 30 escolas nesse período e a repaginação das redes sociais, o que trouxe mais visibilidade ao Museu dos Dinossauros.
“As redes sociais foram incrementadas durante a pandemia, chegando a milhares de pessoas no Facebook e no Instagram, por exemplo. Isso nos ajudou a ficar em terceiro lugar entre os destinos turísticos mais procurados do estado de Minas Gerais, segundo o portal de turismo estadual", afirma.
"Esperamos que isso possa fortalecer o desenvolvimento econômico e turístico da cidade de Uberaba, sem colocar em risco a vida das pessoas, que é a nossa maior preocupação”, finaliza.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), durante o período mais restritivo da pandemia, os servidores e pesquisadores do museu trabalharam e desenvolveram várias pesquisas, com quatro remessas recebidas de fósseis.
“Houve um grande número de pesquisas científicas publicadas em revistas internacionais renomadas, implantou-se o tour virtual, que atendeu, em 2020, 5.549 pessoas em geral e, só em 2021, 1.084 estudantes especificamente”, destacou a UFTM.