Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS

COVID: 78 crianças de até 9 anos morreram durante pandemia em Minas

Minas Gerais teve 78 mortes confirmadas para COVID-19 de crianças até nove anos, entre as entre as 56.592 vítimas fatais registradas no estado. Destas, 42 tinham menos de um ano de idade. Entre os 2.147.856 casos recuperados em Minas Gerais, 2,7% foram de crianças entre 1 e 9 anos.





Em Belo Horizonte, foram seis as vítimas fatais na mesma faixa etária durante toda a pandemia, entre as 7.071 mortes registradas na capital. Os dados estão no boletim epidemiológico de terça-feira (21/12), da PBH.  
 
A Fundação Osvaldo Cruz divulgou, na terça-feira (21/12), resultados de pesquisa que apontam a importância da vacinação de crianças e pessoas que vivem em locais remotos para aumentar a imunização da população contra a COVID-19.

O estudo mostra que 85% da população brasileira pode se vacinar, considerando pessoas acima de 11 anos. Desde setembro, o ritmo de vacinação da primeira dose no Brasil vem desacelerando. Nos dois meses seguintes ao dia 9 de outubro o ritmo chegou a perto do zero, 0,08% por dia.
 
Segundo os pesquisadores, os indícios são de que a vacinação está próxima do seu limite, com 74,95% da população imunizada com a primeira dose.  E a forma de superar essa situação de estagnação seria ampliar as faixas etárias e a primeira dose em pessoas moradoras de locais de difícil acesso.




 
Na quinta-feira (16/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da vacina produzida pela Pfizer em crianças com idade de 5 a 11 anos. Mas o Ministério da Saúde disse que só decidirá em janeiro e convocou audiência pública pra discutir o procedimento.  O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski ampliou para 5 de janeiro o prazo para que o governo se manifestasse sobre a inclusão da faixa etária no Programa Nacional de Imunizações. No dia 17, ele havia determinado que a resposta fosse dada em 48 horas. 
 
A análise da Fiocruz teve como base a cobertura vacinal por unidade da federação e período de referência a Semana Epidemiológica 47, correspondente à última semana de novembro. O levantamento também demonstrou que o Norte e Nordeste têm a pior cobertura das duas doses, ao contrário dos estados do Sudeste e Sul.
 
O estudo ressalta que a estratégia de vacinação como medida de mitigação da pandemia tem sido uma medida efetiva, no Brasil e no mundo. Em relação à vacinação infantil, a pesquisa diz que há imunizantes com comprovada eficácia para este grupo etário e estudos de segurança indicam que é possível sua utilização.


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