O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) decidirá, nesta sexta-feira (24/12), sobre o cumprimento da escala mínima de operação, determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A questão será deliberada em assembleia marcada para às 10h, na Praça da Estação, Centro da capital.
Os metroviários estão em greve desde a 0h de hoje. A previsão é de que a categoria permaneça de braços cruzados ao menos até domingo (26/12).
No total, 19 estações de BH e de Contagem amanheceram fechadas nesta manhã, a despeito da decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, que determinou operação mínima com 30% dos trabalhadores durante os horários de pico.
O movimento protesta contra a resolução nº 206 do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, publicada em 13 de dezembro deste ano. A norma veda a transferência de empregados lotados na Superintendência Regional Belo Horizonte (STU-BH) a outras unidades da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em caso de privatização da estrutura.
A paralisação, da qual participam cerca de 1,6 mil funcionários, foi definida no último domingo (19/12) em assembleia geral.
O diretor do Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte (Sindimetro), Romeu José Machado Neto, alega que, apenas ao fim desta manhã, o sindicato foi notificado da decisão de manutenção da operação mínima. O desacato acarreta em multa diária de R$ 30 mil. Apesar disso, o dirigente não garante que a decisão judicial será respeitada.
A entidade diz que pretende recorrer à Justiça para evitar o pagamento da multa, mas informou que, caso perca a batalha nos tribunais, tem recursos para bancar até três dias de punição, ou seja, R$ 120 mil.
A CBTU recebeu o posicionamento como uma afronta. Por meio de nota, a companhia afirmou que "a alegação do Sindimetro de que não foi notificado nada mais é que uma manobra feita para se esquivar do Oficial de Justiça no cumprimento de seu dever. Inclusive, pedindo antecipadamente, liberação de seus diretores sindicais para que os mesmos não fossem encontrados nos seus postos de trabalho".
Reforço nos ônibus
Para tentar minimizar os efeitos da greve, a Prefeitura de Belo Horizonte determinou que as concessionárias de ônibus coletivos de BH ofereçam mais viagens. Cerca de 100 mil usuários dependem, diariamente, do metrô na Grande BH. O reforço nas operações será mantido enquanto durar a paralisação.