A greve do metrô de Belo Horizonte deve seguir, pelo menos, até a tarde desta terça-feira (28/12). Nesta segunda-feira (27), uma audiência de conciliação foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), mas terminou sem acordo entre representantes do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
O movimento grevista foi definido em 19 de dezembro e teve início na última quinta-feira (22). Na tarde desta terça, uma assembleia entre funcionários deve definir pela sequência ou fim da greve.
Com a paralisação, o metrô funciona em escala mínima, somente de 5h30 às 10h e 16h30 às 20h - nos dois primeiros dias de greve, os trens não rodaram. O valor integral da passagem é R$ 4,50.
Cerca de 1.600 funcionários protestam contra a resolução nº 206 do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, publicada em 13 de dezembro deste ano. A norma veda a transferência de empregados lotados na Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte (STU-BH) a outras unidades da CBTU, em caso de privatização da estrutura.
Em setembro deste ano, Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, esteve em BH para sancionar o projeto de privatização do metrô. A venda será acompanhada por aporte de R$ 2,8 bilhões para melhorias na estrutura. O governo estadual vai disponibilizar R$ 400 milhões.
O edital para concretizar a entrega dos trens à iniciativa privada deverá ser publicado em março de 2022. Atualmente, o metrô liga o Bairro Eldorado, em Contagem, cidade da Região Metropolitana de BH, à Região de Venda Nova, na em Belo Horizonte. A ideia é implantar um segundo itinerário, da Região do Barreiro ao Calafate, bairro da Região Oeste.