Buracos, obras em trechos de tráfego pesado e acúmulo de óleo na pista exigem habilidade dos condutores na rodovia MG-050, rumo às estâncias de Furnas. Chuva e traçado sinuoso em pistas simples transformam a MG-010, para a Serra do Cipó, e a BR-356, no caminho para Ouro Preto, em vias traiçoeiras. Vários caminhos levam os mineiros de férias ou recesso de réveillon para o interior do estado.
Das cidades históricas às montanhas e balneários requintados, boa parte das estradas reservam obstáculos aos viajantes, mesmo quando o asfalto e a sinalização são considerados bons ou regulares.
Desde o último domingo, o Estado de Minas traz aos viajantes as condições das estradas que levam aos principais destinos dos mineiros para auxiliar os viajantes nas suas jornadas de descanso e diversão após quase dois anos de pandemia do novo coronavírus e com o respiro conseguido com a vacinação.
Das cidades históricas às montanhas e balneários requintados, boa parte das estradas reservam obstáculos aos viajantes, mesmo quando o asfalto e a sinalização são considerados bons ou regulares.
Desde o último domingo, o Estado de Minas traz aos viajantes as condições das estradas que levam aos principais destinos dos mineiros para auxiliar os viajantes nas suas jornadas de descanso e diversão após quase dois anos de pandemia do novo coronavírus e com o respiro conseguido com a vacinação.
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Óleo na pista
Outro perigo destacado por ele e verificado pela reportagem no local e por meio do aplicativo de rotas de viagem Waze ocorre também na rodovia BR-356, nos 70 quilômetros que ligam as cidades mineiras de Nova Lima e Ouro Preto. Predominam nessa rodovia as pistas simples e há longos trechos de curvas muito fechadas em topografia íngreme, com subidas e descidas árduas, e que na época de chuvas costumam se tornar escorregadias pelo acúmulo de óleo deixado pelos veículos.
“Esses são os piores, são partes muito perigosas. A chuva piora tudo, lavando o óleo que foi pingando na pista e acumulando-o em locais onde a drenagem demora a funcionar. Dá para sentir que a pista fica escorregadia e isso é um perigo. Principalmente em alta velocidade”, destaca Eder.
“Esses são os piores, são partes muito perigosas. A chuva piora tudo, lavando o óleo que foi pingando na pista e acumulando-o em locais onde a drenagem demora a funcionar. Dá para sentir que a pista fica escorregadia e isso é um perigo. Principalmente em alta velocidade”, destaca Eder.
Nas áreas de obras recentes e até mesmo nas já finalizadas, uma herança confunde quem trafega pela MG-050, observa o transportador Éder Júnior. “Muitas placas de sinalização antigas e que não têm mais utilização foram esquecidas e não retiradas. Daí, uma pessoa reduz achando que há um radar que não existe mais e com isso interfere no tráfego, fazendo os outros motoristas reagirem a situações irreais”, alerta. Em Pium-í, no Centro-Oeste, dois trechos em reparos apresentam buracos e têm desvios e obras na passagem pela área urbana, no Bairro Elisa Leonel.
As chuvas constantes são perigosas mesmo em pistas de asfalto e sinalização boas, como a MG-010, de BH à Serra do Cipó, ou a BR-135, de Curvelo a Montes Claros, mas que leva também a Diamantina. O gaúcho de Erechim Claudiomir de Lima, de 51 anos, 28 deles na estrada, destaca os perigos que a BR-135 traz, mesmo com pavimento e sinalização considerados bons. E o desafio será ampliado na época da passagem 2021/2022, com a concessionária Eco 135 estimando aumento de 20% do tráfego.
Acelerador
“A rodovia está boa, bem conservada, mas percebemos que na chuva os condutores de carros pequenos não têm muita noção e mantêm a velocidade alta. É preciso tirar o pé (do acelerador). Você nota que os caminhoneiros passaram de 90km/h ou 100km/h para 75km/h ou 80km/h; é porque o trecho exige isso para a nossa segurança. O veículo pode aquaplanar e deslizar no óleo, e aí o motorista não segura e o carro pequeno causa acidentes. Mesmo sem chuva, tem aqueles que aceleram demais e não sabem fazer ultrapassagens nem frear com a distância ideal. Muitos motoristas pegam a estrada para viagens longas, mas precisariam de muita experiência antes. É um risco que tomam”, afirma Claudiomir, que nesta última viagem leva produtos da Vale para São Luís, no Maranhão.
De acordo com o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), na MG-010, os 166 quilômetros entre Belo Horizonte e Conceição do Mato Dentro são considerados bons. “A partir do distrito de Cardeal Mota, no Parque da Serra do Cipó, até Conceição do Mato Dentro, os motoristas podem encontrar algum tipo de irregularidade na pista, como buracos.
Manutenção
As equipes de manutenção do DER-MG estão de plantão e atuando desde que haja condições climáticas favoráveis, pois as chuvas na região têm sido intensas e dificultam os trabalhos de tapa-buracos. Mesmo com as limitações do período chuvoso, a melhor opção de deslocamento entre Belo Horizonte e Conceição do Mato Dentro é pela MG-010”, informa o departamento.
A concessionária Eco-135, que administra a BR-135, afirma que somente obras que não tenham interferência direta na via ou obras emergenciais, previamente avisadas, serão realizadas neste período de recesso. A concessionária AB Nascentes das Gerais, administradora da MG-050, estima que 256 mil veículos circulem pelo Sistema MG-050/BR-265/BR-491, sendo 122 mil veículos nos dias de Natal e 134 mil entre 31 de dezembro e 2 de janeiro.
“As obras que podem causar interferência no tráfego serão suspensas em ambos os feriados, enquanto as paralelas à rodovia continuarão. Para reforçar a segurança viária nesse trecho, foram instaladas placas de atenção indicando o ponto sob intervenção, além de dispositivos de sinalização noturnos para alertar os motoristas. No período de chuvas, o motorista, antes de viajar, deve verificar as condições gerais do veículo”, informa a concessionária.
“As obras que podem causar interferência no tráfego serão suspensas em ambos os feriados, enquanto as paralelas à rodovia continuarão. Para reforçar a segurança viária nesse trecho, foram instaladas placas de atenção indicando o ponto sob intervenção, além de dispositivos de sinalização noturnos para alertar os motoristas. No período de chuvas, o motorista, antes de viajar, deve verificar as condições gerais do veículo”, informa a concessionária.
Monitoramento
Em nota, a AB Nascentes das Gerais informa ainda que promove o monitoramento das condições das rodovias do Sistema MG-050/BR-265/BR-491, diariamente por 24 horas, e percorre toda extensão da rodovia com viaturas e recursos operacionais para inspecionar as vias, fiscalizar o tráfego, auxiliar os usuários, além de oferecer socorro mecânico emergencial, realizar remoção de veículos etc.
Segundo a concessionária, o objetivo do trabalho realizado pelas equipes operacionais é o de monitorar as operações do tráfego dos 371,4 quilômetros de extensão da malha viária administrada pela concessionária.
Segundo a concessionária, o objetivo do trabalho realizado pelas equipes operacionais é o de monitorar as operações do tráfego dos 371,4 quilômetros de extensão da malha viária administrada pela concessionária.
"Sobre o óleo encontrado na pista, relatado pelo usuário, não tivemos ocorrências de acidentes ocasionados devido à óleo na pista no ano de 2021. Quando há registro relacionado ao derramamento de óleo na pista, principalmente proveniente de acidentes, as equipes operacionais atuam para a remoção imediata para eliminar riscos aos usuários", diz a nota.
"Esclarecemos também que ocorre tráfego intenso de caminhões no trecho da concessão com o tráfego de cerca de 10.800 veículos pesados por dia em todo o trecho, de Juatuba, na região metropolitana, até a cidade de São Sebastião do Paraíso, cidade mineira que faz divisa com o Estado de São Paulo. Nos trechos de serra e pistas simples, nas estâncias de furnas, o tráfego registrado na região, somente de veículos pesados, é de cerca de 1.500 veículos e a velocidade regulamentada, por se tratar de trecho com pistas simples, é de 60 a 80 km/h."
A AB Nascentes informa ainda que estão previstas para esse trecho das estâncias de Furnas, entre os quilômetros 280 e 315, obras de melhorias e ampliação da capacidade da rodovia para melhora da fluidez e conforto dos usuários. Dentre o que foi realizado na região estão 10,4 quilômetros de terceiras faixas e 4,6 quilômetros de correção de traçado. Estão previstos, ainda para a região para a região de furnas; 9,9 km de terceiras faixas; 2,9 km de correção de traçado e melhorias de retornos e acessos em dois trevos.