Uma quadrilha que agia em Bonfim e Bonfinópolis, na Região Central de Minas, especializada em crimes de extorsão mediante sequestro, foi desarticulada pela Polícia Civil (PCMG). A Operação Captura resultou na prisão de cinco envolvidos, de 27 a 40 anos.
As investigações foram realizadas pela Delegacia Especializada Antissequestro, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), e tiveram início em novembro de 2019, quando ocorreu o primeiro sequestro, de uma gerente de uma agência bancária de Bonfim.
Nesse primeiro crime, os suspeitos renderam, inicialmente, um funcionário do banco e sua mulher. Os criminosos, porém, não conseguiram abrir o cofre da agência, pois o funcionário não tinha acesso à senha.
Os suspeitos decidiram, então, manter a vítima como refém até que conseguissem chegar à gerente da agência. Ela também foi sequestrada, com seu marido, no município vizinho de Rio Manso.
As quatro vítimas foram levadas para um cativeiro. Lá, sofreram ameaças de morte. As intimidações só pararam quando a gerente conseguiu a quantia, em dinheiro, exigida pelos criminosos nos caixas eletrônicos da agência bancária. A partir disso, os reféns foram liberados. Foram levados e libertados nas proximidades da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Segundo o chefe da Divisão Operacional do Deoesp, delegado Thiago Machado, durante as investigações dos crimes cometidos em Bonfim, a equipe policial identificou os investigados, que seriam os mesmos responsáveis pelo sequestro de outro gerente em Buenópolis, cometido, anteriormente, naquele mesmo ano, e que já estava sob investigação.
“Conseguimos, assim, junto ao Poder Judiciário, mandados de prisão preventiva pelos crimes de associação criminosa e extorsão mediante sequestro para todos os suspeitos em ambos os eventos criminosos”, diz o delegado.
Cinco suspeitos foram presos ao longo deste ano: quatro em diferentes regiões de Minas Gerais e um no Espírito Santo. O sexto investigado, de 27 anos, continua foragido. “É importante salientar que quadrilhas como essa não se limitam mais a apenas uma modalidade criminosa e estão, constantemente, ligadas a outras atividades ilegais, como tráfico de drogas, roubos e, até mesmo, homicídios”, afirma o delegado Machado.
A delegada Fabíola de Oliveira, que ficou responsável pelo inquérito policial, disse que “um dos investigados já acumula uma ficha criminal com mais de 60 páginas. E a maioria já é bastante conhecida pelas forças de segurança pela forma violenta como agem. O que indica a importância da investigação qualificada para que possamos retirar essas pessoas de circulação definitivamente”.