As fortes chuvas que atingiram a Bahia nos últimos dias podem estar se aproximando de boa parte de Minas Gerais, nesta semana. Nas regiões Noroeste, Triângulo, Oeste, Centro, Sul, Campo das Vertentes e Zona da Mata, além da Região Metropolitana de Belo Horizonte há grande chance de instabilidade atmosférica, provocando pancadas de chuva fortes e moderadas, acompanhadas de raios e rajadas de vento.
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De acordo com Heriberto dos Anjos, meteorologista do GeoClima, em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, o volume pluviométrico, entre esta quarta-feira (29/12) e 5 de janeiro, pode superar os 150mm. Até hoje, foram registrados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) somente em dezembro 329,9mm de chuva, em Belo Horizonte.
Segundo o meteorologista, é comum o aumento pluviométrico nesta época, já que dezembro e janeiro são, normalmente, os meses mais chuvosos da região. Além disso, ele esclarece que devido à concentração de nuvens, a temperatura tende a baixar, mas que ainda não é possível saber até quando irá esse período de chuva.
"O que sabemos é que possivelmente teremos acumulados pluviométricos significativos sobre o estado de Minas Gerais. Muito provavelmente o canal de umidade que estava sobre a Bahia ficará sobre Minas Gerais nesses próximos sete dias", explicou.
No Noroeste, parte do Norte, Triângulo, Oeste, Centro, Sul, Campo das Vertentes e Zona da Mata, os acumulados pluviométricos poderão variar entre 100 e 200mm, de acordo com o MetSul.
Ainda segundo o instituto meteorológica, é esperado para a virada do ano um aumento excessivo da chuva na Região Sudeste, e que os volumes mais altos se concentrarão em Minas Gerais.
O MetSul ressalta que esse cenário de chuva, de forma intensa em um curto período de tempo, pode ocasionar inundações repentinas e também deslizamentos.
Chuvas na Bahia
O Instituto MetSul ainda divulgou, nesta quarta-feira (29/12), um levantamento em que comprova que em nenhum outro lugar no mundo houve tanto volume de chuvas e em área abrangente como o estado da Bahia em dezembro.
O fenômeno La Niña, que desloca águas mais quentes para determinada região, chegou a provocar anomalias nas precipitações no Sudeste Asiático, perto da Indonésia e Papua Nova Guiné. No entanto, se comparado com as anomalias de chuva na Bahia, no mapa, as chuvas registradas no estado são maiores em dimensão geográfica e volumes.
“Dados históricos de estações do Instituto Nacional de Meteorologia mostram que jamais houve chuva tão volumosa nesta época do ano com marcas muitíssimo acima dos padrões históricos de dezembro, o que explica as inundações catastróficas”, informa o boletim do Instituto.
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz. Colaborou Taísa Medeiros (Correio Braziliense)