Em virtude do aumento dos casos de síndrome gripal, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou nesta quarta-feira (29/12) a ampliação do horário de funcionamento de vários postos de saúde. As unidades funcionarão até 22h30 a partir de 1º de janeiro de 2022 com o intuito de ampliar os atendimentos de problemas respiratórios.
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Os critérios para escolher os centros de saúde são estrutura e possível proximidade com as unidades de pronto atendimento. Eles ficarão abertos das 7h às 22h30 de segunda a sexta-feira e das 7h às 22h aos sábados, domingos e feriados.
Na semana passada, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, havia alertado sobre a expansão da doença e orientou que os pacientes procurassem os mais de 150 postos de saúde para casos leves.
“Estávamos reunidos porque está existindo uma epidemia de gripe no Brasil inteiro. Nós não podemos simplesmente assistir. Temos que seguir o exemplo do que foi feito na pandemia e tentar agir de forma mais rápida possível para que o problema seja amenizado”, afirmou Alexandre Kalil, em entrevista na Secretaria Municipal de Saúde.
Nas últimas semanas, a capital mineira teve um aumento de 46% nos casos sintomáticos respiratórios, saindo de 2 mil para mais de a 3,5 mil. Nesse período, a demanda de leitos para internação ampliou em 75%. Segundo a prefeitura de BH, 75,1% dos casos poderiam ser atendidos nos postos de saúde.
A prefeitura anunciou também que todas as pessoas que necessitarem de atendimento serão testadas com o antígeno. Grávidas, puerperas e pessoas com necessidade especiais farao tambem o PCR.
Kalil admitiu que a cidade tem dificuldades para organizar a questão dos plantões noturnos, mas garantiu que tudo será solucionado no começo de 2022: “Temos problemas, sim, com os plantões. Queremos lembrar que todos os plantões hoje estão em atraso. São R$ 700 mil de uma folha de pagamento de R$ 144 milhões por mês. É um problema de operação, que deve estar resolvido até dia 7 de janeiro, quando tudo estará quitado”.
Jackson Machado disse que a prefeitura reforçará o quadro de funcionários, mas que há problemas para encontrar alguns profissionais.
“Fizemos dois chamamentos em nossa rede para aumentar a jornada de trabalho. Os profissionais que desejarem poderão ser cadastrados. Os plantões extras são motivos da nãoadesão dos profissionais. Não foram por questões financeiras. Os problemas iniciaram no final de setembro com implantação do ponto eletrônico em todas as unidades, uma exigência do ministério público. Há uma dificuldade de adaptação de cultura do cadastro de ponto. Em muitas vezes, houve uma série de erros que já estão solucionados”.
"À medida que os problemas forem resolvidos, a probabilidade de não voltarem a ocorrer será grande. Quero acalmar os profissionais que queiram aderir a esses plantões. Eles serão pagos normalmente. Não será por falta de recursos que deixaremos que as pessoas fiquem sem atendimento", acrescentou o secretário.