Perto de completar 3 anos do rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, mais uma vítima foi identificada.
Leia Mais
50% dos rejeitos de Brumadinho foram manuseados e destino é cava da minaSétima barragem do tipo de Mariana e Brumadinho é removida pela ValePolícia Federal indicia 19 pessoas pela tragédia de BrumadinhoMissa relembra vítimas três anos após rompimento de barragem em BrumadinhoDrama das famílias de desaparecidos em Brumadinho completa 3 anosBrumadinho: saiba como se inscrever em oficinas culturais gratuitasCerca de 30 amostras de vítimas de Brumadinho ainda estão em análise na PCCâmeras flagram batida de frente entre carretas em MinasPatos de Minas vive surto de gripe e médico pede cautela no réveillonTrata-se de Lecilda de Oliveira, desaparecida quando tinha 49 anos. Ela trabalhava como analista de operação da Vale. A família informou que o velório da analista de operação vai acontecer nesta quinta-feira (30/12), das 13h às 17h, na Rua José de Alencar, 292, Bairro Salgado Filho, em Brumadinho.
Já o enterro será no Cemitério Parque das Rosas.
O segmento corpóreo foi localizado pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Instituto Médico-Legal Dr.André Roquete, em BH, para análises em 1º de setembro deste ano. A identificação, realizada pela equipe do Instituto de Criminalística, foi possível por meio de exame de DNA, informou a Polícia Civil.
O chefe do laboratório de DNA do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, Higgor Dornelas, explicou, em coletiva na tarde desta quarta-feira (29/12), como foi o processo de identificação
“Desde a chegada do segmento no laboratório, começamos as análises. São análises complexas, pois estamos trabalhando com remanescentes, que são ossos ou dentes. Neste caso, tratava-se de remanescente ósseo. É um material de difícil obtenção de DNA, mas ele permite uma maior conservação. São remanescentes ideais para fazer essa identificação depois de tanto tempo.”
“Como de praxe, para conseguirmos a liberação do resultado positivo, pelo menos dois perfis com qualidade que atendessem todos os critérios que o laboratório exige. Existem critérios mínimos de qualidade para trabalhar com perfil genético, somente após termos o primeiro resultado e a confirmação, com exames independentes e totalmente separados do primeiro, a gente pôde ter certeza do resultado positivo e liberar para identificação dessa vítima”, completa.
Vítimas ainda não identificadas
Ao todo, 264 pessoas que morreram em decorrência do rompimento da barragem já foram identificadas. Seis vítimas continuam desaparecidas. São elas:
- Cristiane Antunes Campos
- Luis Felipe Alves
- Maria de Lurdes da Costa Bueno
- Nathalia de Oliveira Porto Araujo
- Olimpio Gomes Pinto
- Tiago Tadeu Mendes da Silva
Em 10 de novembro deste ano, a Polícia Civil anunciou a identificação da 263º vítima da tragédia: o mecânico terceirizado da Vale, Uberlandio Antônio da Silva, que tinha 55 anos.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais