Ao mesmo tempo em que o avanço da gripe Influenza significa nova preocupação neste verão, Belo Horizonte convive com o medo da expansão da ômicron, variante do coronavírus. Apesar disso, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, diz que os casos têm se manifestado de forma leve, sem necessitar de aumentar a demanda de leitos nos hospitais.
“A grande maioria das pessoas com ômicron tem casos clínicos leves que não demandam internação. Pode ser que essa demanda respiratória de casos seja decorrente dela. Como estamos vendo, as internações não são proporcionais ao aumento de casos”, afirmou Jackson, durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (29/12).
Ele enalteceu a alta proporção de pessoas vacinadas com duas doses contra o coronavírus na capital mineira - quase dois milhões de pessoas já receberam dois imunizantes e outras 61 mil tomaram dose única.
“Em poucos lugares do mundo, a ômicron encontrou tantas pessoas vacinadas como em Belo Horizonte. Acho pouco provável que tenhamos problemas graves com a omicron”, afirma.
Belo Horizonte teve 74 novos casos da ômicron confirmados nas últimas 24 horas. Anteriormente, haviam somente 11. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), confirmou que o total de casos positivos em Minas Gerais é de 130.
Jackson entende que, apesar do avanço da cepa, a prefeitura de Belo Horizonte não deixará muitos leitos exclusivos para pacientes com COVID-19.
“Temos alta demanda de internações por outras doenças, como infartos, acidentes vasculares, queda de motocicleta e atropelamentos. Como vamos deixar 50% de leitos de COVID-19 vazios se tem pessoas precisando? Logo, jogo esses leitos para lá e para cá dependendo da necessidade”.
"A pandemia não acabou. A gente precisa continuar usando mascara e higienizando as maos. É a principal medida para proteger a COVID e outras doenças", diz o secretário.