Jornal Estado de Minas

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Tempestade de granizo assombra mais de 50 cidades mineiras

Moradores de mais de 50 cidades mineiras vivem a apreensão de sofrer com tempestade de granizo - e ventos de até 100 km/h - até, pelo menos, o fim da manhã desta quinta-feira (30/12). É o que revela alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que possui grau de "perigo" e potencial para causar estragos na cidade e em plantações.





 

"Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h), e queda de granizo. Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos", diz o comunicado do instituto, que compreende também cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

 

Esse é o mais grave dos quatro alertas para Minas Gerais válidos até às 11h de amanhã (30/12). Confira as 53 cidades mineiras (Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Sul/Sudoeste) contempladas pelo comunicado:

 

  1. Água Comprida
  2. Albertina
  3. Andradas
  4. Arceburgo
  5. Bandeira do Sul
  6. Borda da Mata
  7. Botelhos
  8. Bueno Brandão
  9. Cabo Verde
  10. Caldas
  11. Campestre
  12. Campo Florido
  13. Capetinga
  14. Carneirinho
  15. Cássia
  16. Claraval
  17. Conceição das Alagoas
  18. Conquista
  19. Delta
  20. Divisa Nova
  21. Fortaleza de Minas
  22. Fronteira
  23. Frutal
  24. Guaranésia
  25. Guaxupé
  26. Ibiraci
  27. Ibitiúra de Minas
  28. Inconfidentes
  29. Ipuiúna
  30. Itamogi
  31. Itapagipe
  32. Iturama
  33. Jacuí
  34. Jacutinga
  35. Juruaia
  36. Limeira do Oeste
  37. Monte Santo de Minas
  38. Monte Sião
  39. Munhoz
  40. Muzambinho
  41. Ouro Fino
  42. Pirajuba
  43. Planura
  44. Poços de Caldas
  45. Pratápolis
  46. Sacramento
  47. Santa Rita de Caldas
  48. São Francisco de Sales
  49. São Pedro da União
  50. São Sebastião do Paraíso
  51. São Tomás de Aquino
  52. Toledo
  53. Uberaba

Risco

 

A população mineira já vive a angústia de poder receber as chuvas que devastaram a Bahia nos últimos dias. Na terça-feira (28/12), a MetSul Meteorologia afirmou que a preocupação agora é o cenário de chuva para o Sudeste do Brasil. Além disso, alertou que o estado com maior risco de emergência é Minas Gerais, especialmente na Virada do Ano.

 

A capital mineira pode ter volumes de até 200mm em apenas uma semana. “O cenário de chuva por vezes é muito intenso em curto período, capaz de gerar inundações repentinas e ainda deslizamentos de terra”, informa o boletim.





 

Os outros três alertas ativos do Inmet apontam grau de "perigo" e "perigo potencial". O primeiro contempla 744 cidades (veja lista aqui), enquanto os outros dois, ambos mais amenos, são válidos para 65 cidades (veja lista aqui) e 99 cidades (veja lista aqui), respectivamente. Importante ressaltar que um mesmo município pode estar em dois ou mais alertas diferentes.

 

Previsão 

 

De acordo com o Inmet, a previsão para amanhã (30/12) é de céu encoberto com pancadas de chuva por vezes forte, com trovoadas no Noroeste, Central Mineira, Metropolitana, Oeste, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Sul/Sudoeste, Campo das Vertentes e Zona da Mata. Nas demais regiões, o céu deve ficar nublado com pancadas de chuva isoladas.

Já em Belo Horizonte, o céu fica encoberto com pancadas de chuva por vezes fortes, com trovoadas. As temperaturas devem ficar entre 23ºC e 18°C.

A Defesa Civil emitiu um alerta: BH deve ter chuvas com raios e ventos até 2 de janeiro. O órgão explica que áreas de instabilidade atmosféricas provocam pancadas de chuva, de intensidade moderada a forte, acompanhadas de raios e rajadas de vento ocasionais em Belo Horizonte entre entre hoje e domingo (2/1).





O volume pluviométrico no período poderá superar os 150mm. 

Os danos

 
O número de pessoas atingidas pelas consequências das chuvas em Minas Gerais chegou a 40.084, segundo o boletim divulgado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) na manhã desta quarta-feira (29/12).

Desde o início do período chuvoso, que vai de 1º de outubro deste ano até 31 de março de 2022, seis pessoas morreram e 50 ficaram feridas. O órgão contabiliza uma pessoa com enfermidades entre os danos humanos.

Ainda no total, estão 2.401 pessoas desabrigadas - que tiveram as moradias destruídas pelas intempéries - e 10.200 desalojadas, termo usado para quem precisou sair do imóvel temporariamente ou em definitivo por conta dos riscos. Outras 27.426 foram afetadas de maneiras não especificadas no boletim.

Ainda de acordo com o boletim, chegou a 83 o número de municípios afetados com danos humanos. Desse total, 10 decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública. O número já é 43% maior que o do período anterior, de 2020 para 2021, quando 58 cidades recorreram aos decretos. 

(Com informações de Cristiane Silva)




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