Jornal Estado de Minas

SEM ALVARÁ

Bombeiros constatam irregularidades em unidades de saúde de Divinópolis

Fiscalização realizada pelo Corpo de Bombeiros identificou irregularidades em três unidades de saúde de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Ausência do auto de vistoria, de medidas preventivas, escadas e corrimões fora do padrão foram algumas das constatações, conforme relatório divulgado nessa quarta-feira (29/12) pela vereadora Lohanna França (Cidadania).





Membro da Comissão de Saúde, a parlamentar foi responsável em acionar os bombeiros após constatar que os extintores de incêndio estavam com a validade vencida. As vistorias foram realizadas no dia 15 de dezembro nas unidades de Saúde do Realengo/São Paulo, Itaí e no Centro Social Urbano (CSU), no bairro Interlagos. Entretanto, apenas nesta quarta foi tornada pública.

A prefeitura terá o prazo de 60 dias para fazer as adequações a partir do recebimento dos relatórios. Outra possibilidade é recorrer dos laudos apresentados.
Situação de risco

Uma das unidades, a CSU é classificada como alto risco. No prédio funcionam, segundo relatório dos bombeiros, pré-escola, clínica médica e odontológica. 

Lá, foram identificados descumprimento de normas e instruções de segurança contra incêndio e pânico previstos na lei estadual 14.130/01 e no decreto estadual 47.998/2020 A unidade também funciona sem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).





Da mesma forma, a unidade de saúde do bairro Itaí não possui o AVCB e nem licenciamento provisório. Ela é classificada como baixo risco.
Já o posto de saúde do Realengo/São Paulo dispensa AVCB. No local, no entanto, foram identificadas escadas, corrimões fora dos padrões de segurança. Também não há sistema de iluminação de emergência e os extintores estavam vencidos.

Para Lohanna, o laudo com as inadequações força o município a tomar as medidas mínimas necessárias para garantir segurança aos pacientes e servidores.

“Acredito que o mínimo será feito. Colocação de extintores, por exemplo. E a partir de agora, a prefeitura não pode mais alegar desconhecimento, já que a situação problemática foi escancarada a olhos nus”, afirma.
A unidade do CSU é classificada como Alto Risco e apresenta vários problemas dentre eles estruturantes (foto: Divulgação/Assessoria Lohanna França)


Adequações


A assessoria de comunicação da prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum relatório e que, assim que chegarem, será feito um plano de ação que será protocolado junto ao Corpo de Bombeiros para atender as inadequações apontadas. “De maneira a não comprometer a assistência da saúde à população nas unidades”, informa.





O órgão ainda ressaltou que que essas inspeções estão sendo realizadas também a pedido da própria Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para que sejam apontadas as necessidades de adequação para atender as normas de segurança para prevenção e resposta a incêndio.

 “Primeira vez na história da prefeitura que uma gestão solicita tal levantamento junto ao CBMG, o que comprova nosso compromisso com a melhoria da qualidade na assistência a população”, alega.

O ofício da prefeitura encaminhado aos Bombeiros tem data do dia 21 de dezembro, seis dias após as primeiras vistorias realizadas a pedido da vereadora.


Bombeiros


A reportagem tentou contato com o Corpo de Bombeiros, porém os responsáveis só estarão na corporação na segunda-feira (3/12).

*Amanda Quintiliano especial para o EM

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