Jornal Estado de Minas

FELIZ 2022

Com confiança e fé, mineiros esperam um ano novo melhor


A esperança está mais viva do que nunca: enraizada nos corações, florescendo nos pensamentos, pronta para gerar  os frutos do futuro. E alimentar o presente. Neste primeiro dia do Ano-Novo, os desejos universais convergem para o fim da pandemia, o avanço contínuo da ciência, a cura para o mal da ignorância e a paz entre os homens, com empenho maior dos de boa vontade. Em todo esse caminho, a esperança em dias melhores precisa triunfar – é no que acreditam piamente tanto os cientistas como profissionais de outras áreas e demais residentes na capital e cidades do interior de Minas.



Moradores de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Dalton Meireles Martinho e Carla Chagas Rodrigues Meireles têm fé num mundo melhor em 2022. Casados há 11 anos, eles são pais de Camila, de 7, e Carolina, de três meses. “A caçulinha foi gerada e nasceu durante a pandemia. Então redobrei os cuidados, pois, além da gravidez, tenho contato direto com a minha avó materna, Augusta Pereira Chagas, completou 101 anos em 2 de novembro. Convivemos nesses dois extremos do tempo, e quero que minhas filhas tenham saúde e compreendam a importância do convívio familiar em suas vidas”.

Na manhã de ontem, na casa da família no Centro Histórico de Sabará, Dalton, mecânico, e Carla, servidora municipal, contaram que a terceira dose da vacina contra o coronavírus está próxima. “Vamos receber a dose de reforço na primeira quinzena de janeiro. Quando vier a imunização para as crianças, estaremos na fila”, garantiu Carla. Certos de que convivem com as “joias”, que são as filhas, e a outra “preciosa centenária, a vovó Augusta”, Dalton e Carla mantêm a confiança em Deus e querem crer na solidariedade humana para vencer obstáculos. “Estar mais próximo dos outros só nos faz bem”, assegura Dalton.

Vitória

Samuel e a mãe, Zilda, que venceu um câncer, chegam a 2022 cheios de esperança (foto: Reprodução/Instagram)
Já em Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas, o  momento é de grande alegria para a cuidadora de idosos Zilda Evangelista da Silva, que completará 64 anos em 13 de janeiro. “Jamais perdemos a fé e a esperança na cura, na ciência, pois são elas que nos movem”, diz o filho único de Zilda, Samuel Evangelista Ramos Vieira, de 37, que trabalha na Santa Casa BH e reside em Contagem, na RMBH.



Diagnosticada com câncer aos 40, Zilda viveu todo o calvário provocado pela doença até a retirada, em 2013, de útero, ovário e trompas. Na sequência, soube que o abdômen apresentava metástase. "Em 2015, minha mãe começou a usar a bolsa de colostomia, com a qual nunca se acostumou, e recebeu do médico a notícia de que teria apenas dois anos de vida”.

Confiante em Deus e na intercessão do Padre Libério (sacerdote mineiro, que viveu de 1884 a 1980 e se encontra em processo de beatificação), Zilda teve a boa notícia, em 2017, de que os tumores haviam reduzido. Melhor ainda em outubro último, ao saber que não precisaria mais usar a bolsa de colostomia. “É ou não é para ter esperança? Minha mãe entra em 2022 com saúde e confiança. Voltou a trabalhar e está ‘doidinha’ para dançar forró, que ela adora”, revela Samuel.

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