O fotógrafo do Estado de Minas Leandro Couri flagrou na manhã dessa terça-feira (4/1) um bem-te-vi preso na grossa camada de poluição que encobre a Lagoa da Pampulha e conseguiu resgatar a ave, que quase se afogou. Chuvas aumentaram o número de lixo despejado na Pampulha, o que agravou processo conhecido como eutrofização, associado ao excesso de nutrientes na água originários do lançamento de esgoto.
Confira o relato do resgate
“Ver a natureza à deriva nas águas poluídas da Lagoa da Pampulha me emocionou e até fez com que eu largasse meus equipamentos para salvar este Bem-te-vi que lutava para sobreviver no espelho d’água na manhã dessa terça-feira.
Ele e outro pássaro revoavam um trecho próximo à Igrejinha. Mas ao tocar o espelho d'água, esse bem-te-vi foi sugado pelo denso creme verde de sujeira intensa e mau cheirosa que cobre as águas da Pampulha nesta época do ano.
Como ele ainda estava longe para ser resgatado, fotografei a sequência de sua luta para tentar vencer a grossa poluição que o prendeu após o pouso. Ao se aproximar da margem, estendi um galho de árvore que estava no chão para tentar ajudá-lo. De início, ele relutou em subir, mas após muito esforço, consegui resgatar a ave e deixá-la na grama da lagoa.
Salvo, mas ainda exausto da luta contra o tapete verde de poluição que quase o fez se afogar, o pássaro ficou ali, quieto, com um ar de assustado, enquanto eu tentava limpar a sujeira que grudou na barra das minhas calças.
Por ora, estamos bem. Sei que o ato foi mínimo, mas ainda bem que o vi.”
Ele e outro pássaro revoavam um trecho próximo à Igrejinha. Mas ao tocar o espelho d'água, esse bem-te-vi foi sugado pelo denso creme verde de sujeira intensa e mau cheirosa que cobre as águas da Pampulha nesta época do ano.
Como ele ainda estava longe para ser resgatado, fotografei a sequência de sua luta para tentar vencer a grossa poluição que o prendeu após o pouso. Ao se aproximar da margem, estendi um galho de árvore que estava no chão para tentar ajudá-lo. De início, ele relutou em subir, mas após muito esforço, consegui resgatar a ave e deixá-la na grama da lagoa.
Salvo, mas ainda exausto da luta contra o tapete verde de poluição que quase o fez se afogar, o pássaro ficou ali, quieto, com um ar de assustado, enquanto eu tentava limpar a sujeira que grudou na barra das minhas calças.
Por ora, estamos bem. Sei que o ato foi mínimo, mas ainda bem que o vi.”