Dois policiais militares, de 36 e 39 anos, foram presos em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, no fim da tarde de terça-feira (4/1), após se envolverem em uma troca de tiros que resultou na morte de um homem de 37 anos. Em contato com a reportagem na manhã desta quinta-feira (6/1), o delegado do caso, Rodrigo Rolli, confirmou que os PMs foram ouvidos e liberados na quarta-feira (5/1).
A Polícia Civil disse que vai investigar o caso. A hipótese inicial é de que o homicídio tenha ocorrido em legítima defesa. Outros três indivíduos, de 20, 41 e 48 anos, também terminaram detidos.
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Assim que chegaram ao local alvo da denúncia, os militares visualizaram o indivíduo de 48 anos se aproximando da entrada do imóvel. Ao avistar a viatura, ele “correu para uma das entradas, tentando fechar o portão e continuar a fuga”, aponta o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da PM. Ao ser capturado, os policiais encontraram cinco pedras de crack com ele.
Durante a incursão no imóvel abandonado, os policiais também apreenderam porções de maconha e cocaína. Outros três indivíduos, vendo a aproximação policial, iniciaram a fuga por uma mata nos fundos da casa. Inicialmente, um deles, de 41 anos, foi capturado e, após busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado. Os outros dois – armados, segundo a polícia – foram vistos acessando a Rua José Irineu dos Reis, no mesmo bairro.
Naquele momento, os autores desobedeceram a ordem de parada e reagiram apontando armas na direção da guarnição. Conforme o Reds da PM, “os militares ouviram um estampido de arma de fogo” e revidaram a “injusta agressão”, momento no qual o indivíduo de 37 anos foi baleado no tórax e caiu na via, derrubando um revólver de calibre 38.
O jovem de 20 anos que o acompanhava conseguiu fugir, mas acabou sendo capturado após patrulhamento no entorno.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e prestou os primeiros socorros ao homem baleado, que morreu a caminho do hospital.
O delegado Rodrigo Rolli disse nesta quarta-feira (5/1) que a autoria do disparo que matou o indivíduo ainda é incerta. "Somente os laudos periciais poderão elucidar melhor a dinâmica dos fatos", pontua o titular da Delegacia Especializada de Homicídios do município.
“Os dois policiais afirmam que efetuaram disparos. As armas deles foram apreendidas e vão passar por perícia com a finalidade de identificar de qual delas partiu o projétil que acertou a vítima. Somente com o laudo de balística será possível identificar o autor”, explica o delegado.
Segundo Rolli, a viatura policial também será periciada, já que há marca de tiro em uma das placas. “Pode ser que tenha sido um caso de legítima defesa. De todo modo, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário, que optará ou não pela responsabilização criminal do policial”, acrescenta.
Também nesta manhã, Rolli confirmou à reportagem que um dos civis presos teve o flagrante ratificado por tráfico de drogas e os outros dois por uso de substância entorpecente.
Também nesta manhã, Rolli confirmou à reportagem que um dos civis presos teve o flagrante ratificado por tráfico de drogas e os outros dois por uso de substância entorpecente.