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Estado de Minas SANTA LUZIA

Médica diz que não obrigou mãe a deixar criança sozinha no corredor da UPA

Dra. Cláudia Mariel Herrera Gallardo emitiu nota explicando que não obrigou a mãe a deixar uma criança sozinha no corredor e que tudo foi um mal-entendido


06/01/2022 14:18 - atualizado 06/01/2022 15:59

criança em corredor
A pediatra alega que não obrigou a mãe a deixar a criança sozinha no corredor e que o que ocorreu foi um mal entendido (foto: Reprodução Redes Sociais )
A pediatra dra. Cláudia Mariel Herrera Gallardo se pronunciou nesta quinta-feira (6/1) e disse não ter obrigado uma mãe a deixar o filho sozinho no corredor da UPA São Benedito, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O caso ocorreu na terça-feira (4/1) e ganhou repercussão nas redes sociais após um vídeo viralizar.
 
No vídeo, há o relato de um usuário da unidade que filma o momento em que uma mãe com duas crianças entra no consultório e um dos filhos é deixado para fora. A pessoa que filma diz que a médica “não quer atender as duas crianças ao mesmo e tempo e obriga a mãe a deixar uma criança do lado de fora no corredor, sozinho”, diz o homem no vídeo.  


 
Em nota enviada à reportagem, a pediatra, porém, disse que a situação foi um mal-entendido. Ela contou que ao iniciar o atendimento, perguntou a mãe se teria como deixar um dos filhos com algum acompanhante do lado de fora do consultório. Assim, a própria mãe retirou o garoto do consultório e o levou pra fora, fechando a porta em seguida. Só quando finalizou o atendimento que constatou que a mãe havia deixado a criança com uma mulher desconhecida na ala de espera.
 
“Em momento algum a mãe foi obrigada a deixar o filho sozinho do lado de fora. Muito menos foi solicitado a ela que fechasse a porta na frente dele. O que aconteceu foi um enorme mal-entendido da mãe, ao me ouvir dizer que era melhor uma das crianças esperar o atendimento do irmão acabar”, diz Cláudia Mariel em nota.
 
A Prefeitura de Santa Luzia demitiu a médica, que é terceirizada, segundo a administração municipal, após tomar conhecimento do ocorrido. A médica completaria 13 anos de serviços prestados na UPA São Benedito e pontuou que neste período jamais teve uma ocorrência ou reclamação de seus pacientes. 
 

Segue a nota da médica na íntegra:

“Sobre o vídeo gravado durante meu plantão na ala pediátrica da UPA São Benedito, em Santa Luzia, no dia 4 de janeiro de 2022, gostaria de esclarecer alguns pontos.
 
1 – Neste dia, por volta das 21h30, atendi uma mãe que trouxe seu filho com problemas respiratórios. Junto com eles, estava também o filho mais velho, que também seria atendido por mim. Para que houvesse um atendimento mais cuidadoso, perguntei a mãe se ela teria como deixar um dos filhos com algum acompanhante do lado de fora do consultório. Assim, a própria mãe retirou o garoto do consultório e o levou pra fora, fechando a porta em seguida. Momento esse que foi gravado o vídeo. Só quando finalizei o atendimento do irmão mais novo, pude constatar que a mãe havia deixado a criança com uma mulher desconhecida na área de espera. Inclusive, chamei a atenção da mãe por tal atitude e solicitei a entrada do outro garoto para realizar o atendimento dele.
 
2 – Em momento algum a mãe foi obrigada a deixar o filho sozinho do lado de fora. Muito menos foi solicitado a ela que fechasse a porta na frente dele. O que aconteceu foi um enorme mal entendido da mãe, ao me ouvir dizer que era melhor uma das crianças esperar o atendimento do irmão acabar.
 
3 – Neste dia, a UPA São Benedito contava com apenas 2 pediatras de plantão, para fazer cerca de 45 atendimentos. Mesmo assim, continuamos atendendo a todos com o máximo de atenção e cuidado, chegando ao final do meu plantão sem nenhuma reclamação relatada.
 
4 – Gostaria de lembrar que este ano eu completaria 13 anos de serviços prestados na UPA São Benedito, sem jamais ter tido qualquer ocorrência ou reclamação. Foram 12 anos de extrema dedicação e carinho por funcionários e pacientes e pais, que sempre receberam de mim a atenção e os cuidados dos quais fazem parte o meu juramento como médica, mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas e conhecidas no sistema de saúde público.
 
5 – Assim, me coloco à disposição dos órgãos de imprensa para prestar qualquer informação que seja necessária para que essa terrível situação seja esclarecida e, principalmente, que a criança envolvida não seja prejudicada”, diz a nota.


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