Um Plano de Ação contra a gripe e outras doenças sazonais foi elaborado em Formiga, no Centro-Oeste de Minas. Desde a primeira semana do ano, a Secretaria de Saúde tem registrado aumento exponencial de sintomas respiratórios. Secretário da pasta, Leandro Pimentel já classifica como início de surto.
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Minas Gerais chega a 166 casos da variante Ômicron, afirma SES-MGUberlândia volta a registrar 100 casos de COVID-19 em um diaNo Sul de Minas, COVID-19 cresce mais de 400% em média diária de casosMP investiga irregularidades de médico no atendimento à COVID-19 em MinasO plano, em execução desde essa quarta-feira (5/1), abrange também doenças como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, entre outras. Ele visa nortear ações de enfrentamento para mitigar o impacto no sistema de saúde. A principal preocupação é com a H3N2.
Ele foi dividido em quatro fases:
- Ausência de surto no território;
- início de surto no território com aumento exponencial dos casos notificados;
- manutenção do surto por período superior a 15 dias e/ou em curva ascendente;
- colapso no sistema de saúde, impossibilitando a oferta de leitos para os doentes.
Hoje, a cidade está classificada na etapa dois. Ela prevê o monitoramento, treinamento de equipe e informar a população sobre o aumento de casos. As equipes médicas e de enfermagem também foram dobradas. Por enquanto, a atuação será exclusiva do município.
“A única coisa que solicitamos para a Superintendência Regional de Saúde (SRS) foi o fornecimento de medicação para tratamento dos casos graves de gripe”, destaca o secretário.
A cidade ainda tem os medicamentos em estoque e nova remessa deverá ser enviada até o dia 20 de janeiro. Também serão adquiridos testes de RT-PCR para influenza.
Atendimentos
A média diária de atendimento aumentou 36,58%, comparando-se a semana do dia 20 de dezembro com a do dia 27 do mesmo mês. O maior pico foi no dia 27, com 196 pacientes atendidos no ginásio Vicentão, unidade referência no município – número 300% maior que o registrado no dia de menor atendimento da semana anterior, na véspera do Natal.
“Entramos em um novo platô, houve aumento de casos confirmados de COVID-19. Os que não são confirmados achamos que é influenza, mas não há como afirmar no momento se é H3N2, se é a nova variante Ômicron”, explica o secretário. O município aguarda o recebimento de testes.
Formiga não registrou nenhuma morte por COVID-19 em dezembro – foram 355 notificações da doença e 33 confirmações, segundo o boletim mais recente, divulgado nessa terça-feira (4/1).
*Amanda Quintiliano - Especial para o EM