“Transtornados.” Essa foi a palavra usada pelo prefeito de Capitólio, no Sudoeste de Minas, Cristiano Silva, para falar sobre o desastre registrado, neste sábado (8/1), no município. Uma rocha se desprendeu dos cânions e atingiu pelo menos três embarcações. Sete mortes foram confirmadas e há três desaparecidos, segundo o Corpo de Bombeiros.
“Estamos todos transtornados com esse desastre natural que aconteceu por volta de 12h30. Estamos em estado de choque com este acontecido e somos solidários as vítimas feridas e aos óbitos”, declarou em um vídeo publicado nas redes sociais.
Ele também descartou a primeira versão de que o desprendimento teria sido provocado por uma tromba d’água.
“Não foi uma tromba d’água, foi um deslocamento de pedras que atingiu algumas lanchas”, informou.
Silva também destacou a atuação dos órgãos de segurança.
“Corpo de Bombeiros Marinha, eles atuaram muito rapidamente, se mobilizaram, foram para o local. E, graças a Deus essa mobilização foi fundamental para retirar os feridos”, reconheceu.
O prefeito também falou da atuação da Prefeitura municipal e Santa Casa de Capitólio que se mobilizaram e direcionaram ambulâncias aos locais, além de profissionais da saúde, funcionários, para auxiliarem nos primeiros atendimentos.
“Hospitais da região estão atuando e se mobilizaram também para receber os feridos. Somos muito gratos as nossas cidades vizinhas que estão nos auxiliando neste momento”, afirmou.
“Estamos assustados com este desastre natural e assim que pudermos e tivermos mais informações vamos compartilhar com vocês”, finalizou.
Vítimas
As duas primeiras mortes foram confirmadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O órgão também informou que 23 pessoas foram atendidas na Santa Casa de Capitólio com ferimentos leves. Sete foram levadas para o Hospital de São José da Barra.
No fim da tarde, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou que cinco pessoas morreram e há pelo menos 20 desaparecidos.
A corporação esclareceu que foi acionada por volta do meio-dia por funcionários que trabalham nas proximidades da ponte do Turvo. Os bombeiros calculam que as pedras deslizaram de mais de cinco metros de altura.
Inquérito
A Marinha do Brasil emitiu nota informando que será instaurado um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente.
*Amanda Quintiliano especial para o EM