Na tarde deste sábado (8/1) uma nova decisão da Justiça, voltou atrás e permitiu a demolição das edificações no Beco Fagundes, no Bairro Jardim Teresópolis, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A prefeitura está no momento, cumprindo a ordem judicial. Ainda não há informação para onde as pessoas serão levadas e quando começará a demolição dos imóveis. Vale destacar que neste sábado, o município está com vários pontos de alagamentos e alerta de risco geológico devido às fortes chuvas.
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Casas depenadas e becos vazios por medo de despejo em BetimJuiz suspende demolição das casas do Beco dos Fagundes, em Betim''Morro, mas não saio daqui'', diz moradora do Beco dos Fagundes, em BetimChuva deixa vários pontos de alagamento em Betim; Rio Paraopeba transbordouSegundo a Prefeitura de Betim, a prioridade é a preservação da vida dessas pessoas que ainda vivem no local. “O território tem risco iminente de deslizamento/desabamento em consequência da instabilidade do solo sob as fortes chuvas que atingem toda a região metropolitana de Belo Horizonte. A área, que possui extensão de cerca de 14.200 metros quadrados, foi caracterizada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) - que é vinculado ao Ministério de Minas e Energia - como de muito alto risco geológico”, diz nota da prefeitura.
Representantes dos moradores e o Ministério Público pediram na Justiça um novo laudo técnico imparcial, com perito nomeado pelo juiz, para avaliar as condições das casas e se há a necessidade de retirada das famílias do local. O perito havia pedido um prazo de 120 dias para realizar o documento.
Frei Gilvander da Comissão Pastoral da Terra conta que quando ocorreu o deslizamento em 2020 que matou duas pessoas, 51 famílias - cerca de 30 casas - que estavam próximas ao morro, evacuaram o local.
“As 27 casas que querem remover agora, estão em área plana, imóveis de 2 ou 3 andares bem construídos com tubulões, sem rachadura alguma nas paredes, teto ou pisos. O Beco é afastado, passa até caminhão. O poder público assimilou o local, tem rede de água, energia, esgoto, tem CEP nas casas. As 27 casas estão distantes de 200 a 500 metros de distância do morro”, relata Frei Gilvander que questiona o laudo da Defesa Civil.