Honório Bicalho, em Nova Lima, está debaixo d’água. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foram para o bairro, na manhã deste domingo (9/01), resgatar famílias que estão ilhadas e remover pessoas em áreas de risco.
Em algumas áreas do bairro só é possível chegar de barco.
A técnica de edificações Suelen de Sousa, de 35 anos, aguarda o resgate dos pais. “O primeiro andar está tomado pela água, eles estão no segundo andar”, explica.
Já a diarista Natany Santos, de 31 anos, precisou deixar a casa dela às pressas, no início da manhã, depois que o nível da água subiu muito. A casa dela está com várias rachaduras. “Infelizmente quando a água subiu não tivemos nem como sair de casa. Tivemos que sair pela janela do segundo andar. Não sei nem como conseguimos, mas graças a Deus saímos", desabafa.
“Não tem como trabalhar e nem avisar as patroas por causa do telefone. Agora é esperar a água diminuir para ver o que aconteceu. Não vai ter nada para aproveitar, é ver o que pode fazer com o que tem em casa”, completa.
Ela conta que algumas pessoas ainda aguardam pelo resgate no segundo andar das casas. “Ontem todo mundo ficou ajudando a tirar as coisas de casa. Ficou todo mundo ilhado, sem poder ajudar ninguém quando a água subiu de vez. Quem está no segundo andar das casas ainda continua (esperando resgate), mas o pessoal que está no andar de baixo teve que sair.”
O diretor do Parque Aquático Sindicato Dos Mineiros, Almir Silvério, de 62 anos, afirma que nunca viu nada igual. “O que está acontecendo hoje aqui, em Bicalho, eu nunca vi. A água está a mais de 3 metros de altura, você não consegue nem ver mais as traves do campo. Nunca aconteceu isso.”
Segundo ele, a água do Rio das Velhas, que corta a cidade, está baixando, mas aos poucos.
*Estagiária sob supervisão do editor Benny Cohen