Foram enterrados nesta segunda-feira (10/1) em Sumaré, no interior de São Paulo, os corpos de duas vítimas da tragédia de Capitólio, no Sudoeste de Minas Gerais. Maycon Osti, que completaria 25 anos ontem (9/1), e a namorada dele, Camila da Silva Machado, 18, foram velados no Cemitério da Saudade.
Dezenas de pessoas acompanharam o velório, que começou às 7h. O corpo de Camila foi o primeiro a ser enterrado. Apesar de ter nascido em Paulínia, cidade vizinha a Sumaré, Camila morou a vida toda no bairro Matão, que faz limite entre as duas cidades e Campinas.
"Todos estão abalados. Uma tragédia", disse Cláudia Patrícia Souza, amiga do casal.
Na hora do enterro de Maycon, às 9h40, houve grande comoção. O carro da funerária foi acompanhado por quase uma centena de pessoas.
"Era um menino bom, educado, que por onde passava levava um mutirão de gente atrás. Todo mundo aqui conhecia ele. Vai ser difícil sem ele", afirma a avó Marilene Carvalho
Jovem aproveitava as férias
Maycon estava em Capitólio aproveitando as férias que tinha tirado do serviço no interior de São Paulo. Ele era mecânico de caminhões. Além da namorada, estavam a mãe, Carmem Silva, o padastro dela, Geovany Teixeira da Silva, 37 (companheiro de Carmem), Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 (filho de Geovany), e Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos (primo de Geovany).
Todos eles estavam na lancha que tinha como nome "Jesus", alugada para passeios na região rochosa. A embarcação foi a única atingida pela rocha - outras três foram afetadas pelo impactado na água causado pela pedra.
A família soube do acidente por volta das 13h. Um tio foi até Capitólio no próprio sábado (8/1) para fazer o reconhecimento dos corpos.
"O dono da lancha reconheceu a embarcação dele. Foi aí que ele falou que o pessoal que estava na lancha dele provavelmente havia morrido, porque estava tudo destruído.", disse Tânia Santos, mãe de Maycon.
Geovany, o filho e o primo serão enterrados em Minas Gerais. O corpo de Carmem vai vir para Sumaré, mas ainda não há data para o velório, já que ainda é necessária a liberação do Instituto Médico Legal (IML) de Passos, também no Sul de Minas, onde uma força-tarefa foi montada após a tragédia.