Um comunicado da Cemig informando que nesta quarta-feira (12/1) abrirá as comportas do Rio São Francisco pode representar risco a estrutura e conservação do vapor Benjamim Guimarães, patrimônio tombado, localizado em Pirapora, no Norte de Minas.
Há mais de um ano, o vapor foi retirado das águas do Rio São Francisco para a restauração do imóvel. Após alguns meses, o trabalho não teve continuidade e a obra de restauração está totalmente paralisada. Desde então, uma das principais partes do barco, o casco, se encontra aberto, principal motivo pelo qual a conservação do vapor está em risco.
O comunicado da Cemig informa que devido ao aumento de nível do reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) de Três Marias, será necessário iniciar o vertimento pelas comportas. Com isso, o barco que está com o casco aberto nas duas laterais, pode ser atingido pelas águas do Rio, que possivelmente pode subir.
Segundo um morador local, a situação é de preocupação. Isso porque, segundo ele, muitas vezes a água do Rio já ultrapassou uma altura equivalente a do segundo andar do barco.
Em contato com a Emutur, Empresa Municipal de Turismo responsável pelo Vapor em Pirapora, a mesma informou que estava tomando providências para a segurança do barco, mas não quiseram informar o que seria adotado como medida de proteção do vapor.
A reportagem do Estado de Minas também procurou o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) para questionar sobre a continuidade das obras de restauração, mas até a publicação desta matéria não obteve respostas.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira