O avanço do Rio Paranaíba em Patos de Minas continua, e parte da cidade teve pontos fechados pela prefeitura nesta terça-feira (11/1) para tentar conter os estragos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o nível da água do Paranaíba já ultrapassou os 11 m – número considerado acima do normal. Para se ter uma ideia, nestes primeiros 11 dias de 2022 já choveu em Patos de Minas 50% a mais do que a média histórica para todos os 31 dias de janeiro, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Enquanto a média histórica para janeiro na cidade é de 287 mm, já foram registrado, até hoje (11/1), um volume de 436,2 mm neste mês. “Entre a última sexta-feira (7/1) e hoje (11/1) o volume de chuva em Patos de Minas foi de 279 mm”, diz o meteorologista Claudemir Azevedo. Em outras palavras: em menos de cinco dias, choveu mais do que o esperado para janeiro inteiro.
Pelas redes sociais os bombeiros de Patos de Minas alertam para que as famílias próximas às áreas de risco mantenham um constante monitoramento. Em casos de urgência ou emergência, acionem socorro, ligando para 193 ou 199.
“Estamos realizando monitoramento constante das áreas de risco em Patos de Minas, onde as águas começaram a atingir algumas residências neste final de semana”, destaca a corporação.
Em comunicado oficial, a prefeitura informou a interdição da Ponte do Arco feita pela Defesa Civil, Secretaria de Obras e Corpo de Bombeiros após constatar o início do contato da água do Rio Paranaíba nas vigas da estrutura.
A ligação entre os bairros Jardim Paulistano e Cristo Redentor também foi bloqueada, pois há riscos na ponte sobre o Córrego do Monjolo, próximo a entrada do Parque Ecológico.
“Evite transitar por toda essa região”, diz comunicado da prefeitura.
Estado de emergência
Em razão dos transtornos das chuvas, o prefeito Luís Eduardo Falcão (Podemos) decretou situação de emergência no município. A medida foi realizada no último sábado (8/1).
“Em situação de emergência, o poder público tem mais condições de atuar com mais agilidade. Por exemplo, fica dispensado de licitação em contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários prejudicados pela chuva”, comenta a prefeitura.
As instalações de abrigo vão ocorrer na Escola Municipal Frei Leopoldo, caso seja necessário atendimento aos possíveis desabrigados e desalojados.
Sobre os outros pontos de alagamento, interdição, quantas pessoas e famílias estão desabrigadas, a prefeitura foi questionada, mas não respondeu as perguntas. Assim que as respostas forem enviadas, esta matéria será atualizada.