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Estado de Minas CHUVAS

Moradores de conjunto habitacional temem desabamento em BH

Prédio está com enormes rachaduras, que apareceram após o deslizamento de um barranco e queda do muro de arrimo. Defesa Civil afirma que não há riscos


11/01/2022 20:49 - atualizado 11/01/2022 20:49

Muro caiu
Barranco cedeu e jogou muro de arrimo no chão (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Moradores de um conjunto habitacional na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, estão temendo a queda de um dos prédios, depois que enormes trincas apareceram nas paredes dos apartamentos nesta terça-feira (11/1). As fortes chuvas também causaram a queda de um muro de arrimo, o que causou ainda mais pânico.
 
No conjunto, são cinco prédios localizados no Bairro Manacás e 16 famílias moram em cada um. O bloco 34 é o que foi mais afetado pelas chuvas. Segundo o morador Hugo Miller, 26 anos, o muro de arrimo fica ao lado do prédio e caiu na noite desta segunda. "De ontem pra hoje foi um grande susto. Todos saíram dos apartamentos, só soube de um morador que continuou aqui", diz. 
 
Um barranco, que fica ao lado do prédio, cedeu na noite dessa segunda (10/1). Em seguida, o muro de arrimo que servia de contenção da terra, também caiu. Diversos apartamentos já apresentavam trincas, mas após o episódio elas aumentaram. 
 
 
Já em outro prédio, o bloco 30, que fica em frente do muro que desabou, os moradores também se assustaram, entretanto, não houve registros de rachaduras nas paredes ou outros danos estruturais. De acordo com o síndico José Wilson Alves, 48, ninguém se mudou do local. 

José Wilson
José Wilson, síndico do bloco 30 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

 
"Quando o muro caiu, entramos em pânico, ninguém dormiu. Mas na hora que a Defesa Civil chegou e disse que não há danos no nosso prédio, demos uma tranquilizada. Dois moradores estavam mais inseguros, uma até chegou a se mudar, mas ela disse que volta amanhã", explica.
 
Hugo Miller
Hugo Miller, de 26 anos, está na casa da sogra enquanto a situação não se normalizar (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


Já no bloco 34, Hugo afirma que os moradores passaram a noite 'em claro' e começaram a mudança assim que foi possível. "A maioria foi para a casa de parentes, não queremos correr o risco. Eu e minha esposa, por exemplo, estamos na casa da minha sogra. Tiramos tudo do apartamento e vamos esperar essa chuva passar para voltar". 
 
O Corpo de Bombeiros esteve no local na manhã desta terça-feira (11/1) e recomendou que os moradores deixassem o prédio. Já no período da tarde, a Defesa Civil fez uma vistoria nas estruturas e constatou que não tinham riscos iminentes, portanto, os moradores poderiam voltar para suas casas. 
 
Apesar desse aval da vistoria, todos se mudaram do bloco 34. A moradora Paola Silva tem um apartamento no 2º andar e não se sente segura em continuar no local. "Essa noite nem dormimos aqui, estou voltando agora só para buscar meus móveis. A Defesa Civil falou que não vai cair, mas eu não confio nesse prédio todo rachado. Não vou deixar meus filhos lá dentro", diz. 
 
Hugo também não vai ficar no prédio e já planeja se mudar definitivamente. "Vou aguardar um pouco, estou com medo dessa situação e acabar acontecendo uma tragédia. Mas já conversei com a minha esposa e não pretendemos ficar aqui, é muito complicado passar por isso". 
 
Veja a nota da Defesa Civil:
 
"A Defesa Civil realizou vistoria de risco. Foi constatado tombamento parcial do muro de arrimo e deslizamento de terra do talude. Os responsáveis foram notificados e orientados a manter o isolamento e adotar medidas de recuperação da área afetada. As estruturas dos blocos não foram afetadas."
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira 


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