Governador Valadares precisou suspender nesta terça-feira (11/1) serviços essenciais em áreas ribeirinhas, onde, principalmente aquelas à margem esquerda do Rio Doce, foram tomadas pela água. Já são 8 mil desalojados, segundo a Defesa Civil Municipal, de uma população total nessas áreas de 55 mil pessoas.
A Unidade de Saúde do Bairro São Pedro I, II e II foi alagada. As pessoas que precisarem de atendimento médico e vacinas, devem procurar outra UBS na região, de acordo com prefeitura.
O Centro de Controle de Zoonoses, localizado no Bairro Santos Dumont, vizinho ao São Pedro, também não está atendendo a população pelo mesmo motivo: foi tomado pelas águas. Alguns servidores da prefeitura também foram afastados do trabalho, por terem suas famílias morando em áreas alagadas e isso está causando entraves na prestação de serviços.
No início desta noite, a prefeitura suspendeu os exames psicológicos e a entrega dos documentos e exames complementares para os aprovados no concurso público municipal dar prosseguimento às etapas de contratação.
A prefeitura informou que assim que as águas do Rio Doce baixarem e a situação se normalizar, novas informações sobre a continuidade das etapas finais do concurso serão liberadas nos canais oficiais.
Mas o Rio Doce deve subir...
A previsão da Defesa Civil local é que o nível do Rio Doce suba durante a madrugada para 4,70 metros, conforme boletim divulgado às 21h. Ao longo do dia, houve diferença entre os índices divulgados e constatados. Foi previsto que, às 11h, o nível do rio poderia atingir 4,50 metros. A medição na régua do SAAE, no entanto, deu 4,15 metros.
À tarde, a previsão era que, às 21h desta terça-feira, o nível chegaria a 4,75 metros. Mais uma vez, constatou-se uma diferença para menos e o nível das águas chegou a 4,34 metros.
Operação de resgate
Durante toda a terça-feira, os militares do Corpo de Bombeiros fizeram diversos resgates em vários pontos dos bairros ribeirinhos. À tarde, os bombeiros estavam na Avenida Moacir Paleta, no Bairro São Pedro, resgatando várias pessoas que estavam presas em casa, geralmente idosos.
O comando do Corpo de Bombeiros e a da Polícia Militar pediram que as pessoas que moram em áreas ribeirinhas, e que estão vendo a água chegar, não fiquem em casa, colocando a vida em risco. O pedido foi feito em razão da demanda por resgastes, que aumentou muito nesta terça-feira.
O prefeito de Valadares, André Merlo, alerta as pessoas desde domingo (9/1) e oferece caminhões e pessoal especializado para auxiliar nas mudanças. “Vamos tomar cuidado, às vezes as pessoas não acreditam, mas nós temos as informações oficiais, da nossa Defesa Civil, que está ligada à Defesa Civil estadual e à CPRM”, disse o prefeito hoje.